O "fazer política" no pensamento de Igino Giordani deve considerar o exercício da cidadania e a presença do outro como participante do processo democrático. Neste sentido, julgue os itens abaixo conforme a posição de Igino Giordani e assinale certo (C) ou errado (E):
( ) A política é serviço, é caridade que se organiza.
( ) A política se faz com os outros.
( ) Fazer política não é necessariamente participar da cidadania promovida pela nação.
( ) A política é feita somente por quem entende de política.
Escolha uma opção:
a.
C - C - E - E
b.
E - E - E - C
c.
C - E - C - E
d.
E - C - C - C
Soluções para a tarefa
Resposta:
Letra a
Explicação:
É verdade que Igino Giordani, a não ser entre os membros do Movimento dos Focolares, não é um nome reconhecido no Brasil assim como é na Itália. Político, escritor, jornalista, pacifista e cristão autêntico, pioneiro no ecumenismo, Giordani também é cofundador, ao lado de Chiara Lubich, dos Focolares, instituição inspiradora da Editora Cidade Nova e com a qual Giordani sempre teve uma profunda relação.
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Giordani nasceu em Tívoli, na Itáliam de uma família de origem humilde, sendo o primeiro de seis filhos. Assim que termina os estudos, explode a Primeira Guerra Mundial e Giordani é convocado. E ali já dá um primeiro testemunho: acaba ferido em combate por se recusar a atirar contra o inimigo. Sua fé fala mais alto.
Ao retornar da Guerra, continua a estudar e logo se forma em Letras e Filosofia, pouco antes de se casar com Mya, amada esposa com a qual teve quatro filhos.
Encorajador da coerência, do diálogo e da paz, Giordani encontra na política um caminho para o serviço, para a caridade e para a convivência fraterna. É um dos primeiros a aderir ao Partido Popular Italiano, de forte oposição as fascismo e das ideologias de seu tempo.
Em 1946, já deputado, se faz a pergunta “pode um político ser santo?”. Na mesma época, também era diretor do jornal do partido “Il Popolo”, mas mais uma vez para testemunhar sua autenticidades cristã e não ceder aos jogos de poder acaba por se demitir. Entende a atitude como uma “provação” para se santificar.
A escolha pela paz permeia toda a vida de Giodani, no campo pessoal e profissional.
A sua ideia de paz brota diretamente da lei da caridade, da exigência de solidariedade, junto com as instâncias racionais, sociais e econômicas. Costumava dizer que a guerra é um homicídio (mata o homem, contra o Quinto Mandamento), um deicídio em efígie (suprime no homem a criatura e a imagem de Deus), e um suicídio, porque a humanidade é, especialmente hoje, um organismo único, que se autodestrói ferindo-se nos conflitos.
A sua ideia de democracia parte do conteúdo ético da relação entre os homens, portanto o reconhecimento da dignidade de cada um e do valor de cada um na determinação do bem comum. Em tal sentido, o seu espírito democrático tem raízes na inspiração cristã. Em alguns célebres livros, como Desumanismo [Disumanesimo] (1941), Pioneiros cristãos da democracia [Pionieri cristiani della democrazia] (1950) e As duas cidades [Le due città] (1961), põe em relevo a política como a organização mais elevada do amor cristão. Não só. Bem consciente de que a política é um campo, mais do que os outros, exposta “à corrupção, à mentira, à ambição” – escreve até mesmo que “o poder sataniza” (1962). Lança esta mensagem, hoje mais do que nunca atual: se todos temos necessidade de santidade, “os estadistas, os legisladores, os administradores da coisa pública precisam de uma ração dupla dela” (1962).
O encontro com Chiara Lubich – 1948 é o ano decisivo para a sua vida: tem 54 anos, é um homem reconhecido no campo político e cultural e encontra Chiara Lubich, na época com vinte e oito anos, na qual reconhece um carisma extraordinário. Giodani adere plenamente ao Movimento dos Focolares e ao lado de Chiara desempenha um papel importante para o Movimento e o aprofundamento espiritual da doutrina, a ponto de ser várias vezes designado por Chiara como cofundador.
Fonte: Cidadenova.