O eu lírico do texto 2 aconselha os poetas a utilizarem palavras ambíguas em suas produções. a) Qual é a razão desse conselho? b) Que relação esse conselho tem com a música?
Soluções para a tarefa
A - A de não deixar os poemas muito óbvios.
B - Dentro do poema está associado ao fato de dever manter-se, na concepção de Verlaine, o ritmo no verso e em toda a construção poética sem ser nem óbvio nem hermético demais, de modo a fazer do poema uma música agradável aos sentidos.
O poema Arte poética, de Paul Verlaine
Arte poética, de Paul Verlaine, é um texto que pode ser considerado um resumo das ideias do Simbolismo, escola poética da qual ele, junto a Charles Baudelaire e outros vindos do Parnasianismo, fazia parte.
Parnasianismo e Simbolismo surgiram em meio à revolução tecnológica do final do século XIX:
- Enquanto o Parnasianismo entendia a literatura como técnica e o poema como seu produto, o movimento Simbolista buscava aproximar religião e filosofia, o bem e o belo, o verdadeiro e o sagrado.
Note que estas palavras não são antônimas, mas, em certa medida, vistas como ideias paradoxais em alguns círculos de nossa sociedade e na sociedade de então:
- Se está ligado ao religioso, não pode ser ciência - aqui, a filosofia.
- Se algo é belo, é tentador e não combina com o bem, que não causa tentação, mas é um fim e um meio em si mesmo.
- Se é sagrado (religioso), não pode ser verdadeiro, porque não é ciência.
O título do poema de Verlaine remete a Arte Poética de Aristóteles, obra escrita por volta de 300 antes da era comum (AEC, ou AC, antes de Cristo, como se usa dizer).
Nesta obra, Aristóletes, estabeleceu as características que deveriam contribuir para a elaboração dos textos poéticos e das produções teatrais de então.
Sendo assim, o poema homônimo de Paul Verlaine pretendia, desde o seu título, sugerir qual era o seu fim - o ensinar o que é fazer literatura na concepção da escola simbolista.
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