O encontro entre o português , o tupi e tupinambá e as línguas africanas
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RESUMO
Este trabalho propõe uma hipótese de origem da língua tupinambá, usando entre outros indícios, grupos linguísticos como indicativo de origem dos povos que falavam essa língua. Faz uma abordagem sobre a disseminação de populações humanas ancestrais na América do Sul a partir da entrada de povos asiáticos pelo estreito de Bering, passando pelo Caribe com a entremistura de povos taino, karib e arawak e suas migrações em diversas levas até a ilha de Marajó onde plasmaram a Cultura Marajoara, um Cacicado Indígena, e geraram a língua tupinambá; não deixamos de fora como evidencias, nem as lendas indígenas como a do açaí, uma fruta tipicamente marajoara (tupinambá eça ‘olhos’ i ‘agua corrente’ = lágrimas). Observando que o biótipo asiático está presente no nosso caboco e sua fonação característica está presente na linguagem tupi e do caboco paraense. O fim da Cultura Marajoara por conta de uma catástrofe climática (erupção de vulcão na Indonésia) pode ter dado origem ao nome tupinambá a partir da expressão “Tupã’mbae” (coisa de Tupã), uma possível referencia à catástrofe que pressionou os povos marajoaras a migrarem pelo litoral até o sul do Brasil e pelo Amazonas e afluentes até o Paraguai, mais tarde esses dois ramos linguísticos (tupi e guarani) se misturaram gerando empréstimos em ambas as direções. Após o descobrimento do Brasil o padre jesuíta espanhol Anchieta sistematizou o tupinambá, dotando-o de uma gramática, denominando a partir daí como tupi, uma redução de tupinambá. O trabalho aponta indícios dos deslocamentos desses grupos pelo território amazônico e cita a visão europeia dos primeiros contatos com os povos marajoara na visão de Vicente Yanez Pinzon, dos padres D’Abbeville (francês) e Cazal, geografo e historiador português, onde relata sua viagem ao Marajó na década de 1810, quando conheceu o maracatim, a canoa de guerra tupinambá, e do Frei Francisco dos Prazeres. Constatamos também que em Belém setecentista, que só veio à luz em 1771, houve uma tentativa jesuíta de revitalização do tupinambá com a produção de um vocabulário com adição de novas palavras, que seria usado na alfabetização dos cabocos e indígenas da região, violentamente combatida pelos portugueses da facção Pombalina, que viam nisso uma substituição do português pelo tupinambá. Esse vocabulário ficou conhecido como “O Tupi de Belém”. Finalmente, parafraseando as lendas modernas, concluímos que os tupinambás “pegaram um maracatim no norte e foram pro sul morar”.
Palavras Chave: tupinambá, tupi, Cultura Marajoara, guarani, arawak.