O documento não é qualquer coisa que fica por conta do passado, é um produto da sociedade que o fabricou
segundo as relações de forças que aí detinham o poder.
(Jacques Le Goff, História e Memória)
A afirmação de Le Goff nos remete a uma característica importante do ofício do historiador, que é
a) ( )a análise dos documentos enquanto monumentos.
b) ( )a busca pela verdade histórica apenas nos documentos textuais.
c) ( )o reconhecimento da ausência de legitimidade da cultura material.
d) ( )a seleção de um corpus documental que não tenha documentos ligados ao poder.
e) ( )o trabalho com outras fontes que não os documentos pela sua parcialidade,
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A alternativa adequada é a A, pois o pensador Jacques Le Goff, ao afirmar que "todo documento é monumento", quis reforçar que todo documento histórico é fruto de escolhas e intenções dos sujeitos que o fabricaram, a partir das relações de poder os quais estavam submetidos.
Nesse sentido, ao considerar o documento um monumento instaura a dicotomia de que o historiador deve entendê-lo como uma "mentira", isto é, uma "montagem" de um processo histórico. Somente assim, esse entendimento permitirá ao historiador questiona-lo e construir um conhecimento historiográfico a partir do problema colocado.
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