O discurso do insensato serve justamente para demonstrar que a expressão 'Deus está morto'; nada tem em comum com as opiniões dos que o cercavam discorrendo entre si, dos que 'não acreditavam em Deus';. Nos descrentes nesse sentido, o niilismo ainda não penetrou como destino de sua história. Enquanto entendermos a expressão "Deus está morto" apenas como a fórmula da descrença, só estaremos pensando de modo teológico-apologético, renunciando ao objetivo do pensamento de Nietzsche.
(HEIDEGGER apud REALE, 2002, p. 24)
A sentença acerca da morte de Deus formulada por Nietzsche é uma das mais conhecidas em relação a filosofia do século XIX. Com essa sentença o autor pretendia:
a) demostrar exclusivamente a falência do pensamento cristão.
b) anunciar a derrocada das perspectivas universais e suprassensíveis da metafísica ocidental.
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B) Anunciar a derrocada das perspectivas universais e suprassensíveis da metafísica ocidental.
Com a sentença, Nietzsche descreve a situação do homem do século XIX, o qual, diante do avanço da ciência e da falência dos ideais políticos, começa a colocar em xeque as posições universalistas e focadas no suprassensível estabelecidas desde a Antiguidade, sendo Deus apenas uma representação desse contexto.
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