O dia em que nasci moura e pereça
O dia em que nasci moura e pereça,
Não o queira jamais o tempo dar;
Não torne mais ao Mundo, e, se tornar,
Eclipse nesse passo o Sol padeça.
A luz lhe falte, O Sol se [lhe] escureça,
Mostre o Mundo sinais de se acabar,
Nasçam-lhe monstros, sangue chova o ar,
A mãe ao próprio filho não conheça.
As pessoas pasmadas, de ignorantes,
As lágrimas no rosto, a cor perdida,
Cuidem que o mundo já se destruiu.
Ó gente temerosa, não te espantes,
Que este dia deitou ao Mundo a vida
Mais desgraçada que jamais se viu!
CAMÕES, Luis Vaz de. 200 sonetos. Porto Alegre: L&PM, 1998.
1. (Ufjf-pism 3 2017) No poema é possível localizar uma crise do humanismo renascentista que se expressa de forma:
a) realista.
Soluções para a tarefa
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Olá, tudo bem?
Questão completa:
QUESTÃO 10 – No poema é possível localizar uma
crise do humanismo renascentista que se expressa
de forma:
a) realista.
b) fatalista.
c) romântica.
d) otimista.
e) idealista.
A alternativa correta é a b) fatalista. Podemos verificá-lo nos versos: "As pessoas pasmadas, de ignorantes,/ As lágrimas no rosto, a cor perdida,/ Cuidem que o mundo já se destruiu. // Ó gente temerosa, não te espantes,/ Que este dia deitou ao Mundo a vida/ Mais desgraçada que jamais se viu!” em que o eu-lírico revela uma total falta de perspectiva em relação à continuidade da humanidade em face da ignorância e da vida desgraçada das pessoas.
Espero ter ajudado! (:
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