Português, perguntado por amandakruse35, 7 meses atrás

O DIA DA TIPUANA
Em artigo, historiadora relembra estudante que defendeu árvore .Em meio às tragédias dos últimos meses, provocadas pela ocupa-ção humana equivocada de morros e vales, com o desmatamento dessas áreas para a construção de cidades, convém trazer à tona um episódio inusitado de proteção às árvores, ocorrido em Porto Alegre.Há 36 anos, na manhã de 25 de fevereiro de 1975, o mineiro Carlos Alberto Dayrell, de 21 anos, estudante de Engenharia Elétrica na UFRGS, saiu de casa para realizar sua matrícula, quando, ao passar pela Faculdade de Direito, na Avenida João Pessoa, viu funcioná-rios da Secretaria Municipal de Obras e Viação (Smov) cortando árvores que estariam atrapalhando a construção do Viaduto Imperatriz Leopoldina.A reação de Dayrell foi aproveitar um descuido dos trabalhadores para protestar contra os cortes. Subiu no caminhão da Smov e dali passou para a sétima árvore, contando a partir da esquina com a Rua Sarmento Leite, uma tipuana (Tipuana tipa), para impedir o trabalho das motosserras.O estudante se instalou no alto, no meio dos galhos, e lá ficou, enquanto um grupo de pessoas começou a se formar em torno da árvore, dando apoio moral. Solidários, mais dois estudantes, Marcos Sarassol, de 19 anos, acadêmico de Matemáti-ca, e Teresa Jardim, de 27 anos, que cursava Biblioteconomia, subiram na tipuana.Por volta das 14 horas, havia cerca de 500 pessoas em torno da árvore. A imprensa local foi alertada, a Rádio Gaúcha mobi-lizava a cidade, descrevendo passo a passo o surpreendente protesto. Também a Brigada Militar, comandada pelo capitão Joaquim Luís dos Santos Monks, observava a manifestação.Mais tarde, em torno de 15 h 30 min, o diretor da Faculdade de Engenharia da UFRGS, Adamastor Uriartti, pediu que os estu-dantes descessem para conversar. Teresa o convidou a subir, e ele subiu, sob aplausos do público. Nesse momento, chegou ao local o presidente da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), o ecologista José Lutzenberger. Só então Dayrell desceu e foi com Lutzenberger ao gabinete do prefeito à época, Thompson Flores.Marcos e Teresa resistiram no local até às 17 h, quando o comandante da BM foi substituído, e o novo policial decidiu acabar com o protesto. Houve violência contra a população, os estudantes e dois repórteres foram levados para o Departamento de Ordem Política e Social (Dops), um dos órgãos de controle dos cidadãos mantidos pelo regime militar. [...]Tudo terminou às 23 h, com a liberação dos presos. Houve uma mobilização na frente da Delegacia, organizada por mem-bros da Agapan, jornalistas e pessoas simpatizantes do movimento, até o final.No dia seguinte ao protesto, jornalistas, estudantes e policiais à paisana fizeram vigília no local, a árvore não foi tocada. [...]O jovem disse que resolveu subir na tipuana para chamar a atenção e conscientizar as pessoas da importância das árvores. [...]O manifestante manteve-se firme, só descendo quando Lutzenberger chegou para negociar. Numa época em que os mo-vimentos sociais eram duramente reprimidos, o ato do estudante promoveu a coesão de diversos indivíduos em torno de um objetivo comum, implicando na mudança de estratégias do poder municipal. [...]O protesto foi vitorioso, pois a tipuana continua no mesmo local até hoje (diante dela, há uma placa de bronze em home-nagem a Dayrell, está do lado de dentro dos muros da Faculdade de Direito). Nenhuma outra árvore foi derrubada para construir o viaduto
24. A respeito do texto, é correto afirmar que se trata de
( ) um artigo de opinião, o qual apoia uma maior mobilização popular em defesa da natureza.( ) um relato de um momento histórico.
( ) uma notícia sobre os 36 anos do protesto estudantil pela tipuana.25. A introdução desse texto é semelhante à do artigo de Isaias Raw, pois apresenta
( ) uma tese que será defendida ao longo do texto e reafirmada na conclusão.
( ) fatos recentes que motivaram a escrita do texto.26. Considerando que o texto foi publicado em 2011, atualize o tempo decorrido desde o protesto do jovem Dayrell.

Soluções para a tarefa

Respondido por hajabhakq
8

Resposta:

a letra (b)

espero ter ajudado


amandakruse35: e a 25 e a 26
hajabhakq: ata
hajabhakq: a 25 e a (c)
hajabhakq: e a 26 e a (d)
amandakruse35: 25A introdução desse texto é semelhante à do artigo de Isaias Raw, pois apresenta ( ) uma tese que será defendida ao longo do texto e reafirmada na conclusão.( ) fatos recentes que motivaram a escrita do texto.26. Considerando que o texto foi publicado em 2011, atualize o tempo decorrido desde o protesto do jovem Dayrell.
hajabhakq: 25 e a ()fatos recentes que motivaram a escrita do texto
hajabhakq: e 26 eu não sei
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