O dia-a-dia do gestor escolar
Vamos conhecer uma escola pública que, como tantas outras, vivencia muitas dificuldades. Estas dificuldades são conhecidas por quase todas as escolas públicas brasileiras. Afinal, qual escola que não convive ou conviveu com problemas como falta de merenda e de professor, reclamação dos pais, demandas da Secretaria de Educação e de políticos, indisciplina, torneiras pingando, lâmpadas queimadas, reprovação, entre tantos outros?
Algumas escolas de vários lugares do país já superaram estes problemas ou pelo menos parte deles, graças ao trabalho conjunto da escola, comunidade e secretaria da educação. Mas outras escolas, apesar das tentativas de diretores, professores, pais e alunos, os problemas persistem.
Na escola do nosso relato, todas essas dificuldades encontram-se presentes, avolumando-se em torno da figura da diretora. São tantos os problemas, as queixas e as solicitações a ela encaminhadas, que muitas vezes ela sente-se completamente atordoada.
Percebam como é um dia no trabalho da diretora, que vamos chamar de Profª. Margarete:
...Enquanto tenta fechar o quadro de reprovação da escola, cobrado com urgência pela Secretaria da Educação, a Prof.ª Margarete vê-se interrompida a cada instante. É a merenda que faltou, o professor que não veio, a mãe reclamando, o político pedindo vaga, a lâmpada que queimou, a torneira que espanou e ainda o aluno que a professora levou para a diretoria por que não para quieto. Dividida entre o quadro de reprovação e atender a todas as solicitações, Prof.ª Margarete toma atitudes nem sempre comuns ao seu cotidiano: fecha a porta de sua sala para ter mais tranquilidade no trabalho, adia o atendimento da mãe, dispensa a turma em que o professor faltou e sentiu vontade de dar “uns tapas” naquele aluno que a olhava aterrorizado. Mas mesmo assim, não consegue concluir o trabalho iniciado. A cada minuto aparece um novo problema, Prof.ª Margarete não tem sossego... Todos se dirigem a ela! Pressionada por tantas dificuldades, Prof.ª Margarete desespera-se: “EU VOU ENLOUQUECER!!!!” é o grito que emite sob o olhar perspicaz de Lili, secretária da escola.”
Se nossa disciplina precisa refletir sobre a prática do gestor, vai aí um bom exercício!
1- Reflita sobre este relato baseando-se nos questionamentos abaixo, no conteúdo de nossas aulas e em outras leituras e vivências.
Por que tanta sobrecarga de trabalho para Prof.ª Margarete? Quem lhe impõe isso?
Qual o tipo de postura ou comportamento da diretora que esta escola revela ?
Qual estilo de administração é praticado?
É possível reverter essa situação?
Soluções para a tarefa
Respondido por
40
O
diretor de escola no exemplo está cumprindo a função de gerente como se a escola fosse uma empresa, ele atua como
agente controlador e fiscalizador das atividades desenvolvidas na escola, assegurando também a manutenção da ordem. Mesmo assim ele é o principal
articulador dos trabalhos de professores e funcionários.
Então todas essas novas responsabilidades para o diretor aumentam a pressão no seu posto e está gerando uma sobrecarga das funções administrativas nas escolas, como OLIVEIRA 2002 descreve que isso tem implicado o envolvimento quase absoluto do diretor nessa tarefas, provocando uma intensificação brutal do seu trabalho. A resposta de quem lhe impõe isso, é o sistema imposto atualmente. Para fazer um exemplo antes na década de 1980 o trabalho do diretor era considerado como o de um burocrata, atuando geralmente conforme as prescrições do poder público estatal nas escolas.
Atualmente,com a redemocratização do país, cresceram as manifestações dos educadores em defesa da democratização da gestão escolar , com a abertura política no país, e na medida que cresceu o grau de autonomia da escola, o papel do diretor mudou também de gestor das instâncias superiores para o contexto interno da unidade escolar.
O tipo de administração praticado é um modelo focado na gestão local, onde o diretor passa a ser seu principal representante é responsável da gestão. Para reverter essa situação é necessário uma série de reformas políticas que possam ajudar a diminuir a recarga de funções que atualmente tem os diretores.
Então todas essas novas responsabilidades para o diretor aumentam a pressão no seu posto e está gerando uma sobrecarga das funções administrativas nas escolas, como OLIVEIRA 2002 descreve que isso tem implicado o envolvimento quase absoluto do diretor nessa tarefas, provocando uma intensificação brutal do seu trabalho. A resposta de quem lhe impõe isso, é o sistema imposto atualmente. Para fazer um exemplo antes na década de 1980 o trabalho do diretor era considerado como o de um burocrata, atuando geralmente conforme as prescrições do poder público estatal nas escolas.
Atualmente,com a redemocratização do país, cresceram as manifestações dos educadores em defesa da democratização da gestão escolar , com a abertura política no país, e na medida que cresceu o grau de autonomia da escola, o papel do diretor mudou também de gestor das instâncias superiores para o contexto interno da unidade escolar.
O tipo de administração praticado é um modelo focado na gestão local, onde o diretor passa a ser seu principal representante é responsável da gestão. Para reverter essa situação é necessário uma série de reformas políticas que possam ajudar a diminuir a recarga de funções que atualmente tem os diretores.
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