Geografia, perguntado por janainealmeida205, 11 meses atrás

O desmatamento está muito avançado a como para com o desmatamento no Brasil sem prejudicar as pessoas ???

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Respondido por MariaOlindaMartins
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Resposta:

O desmatamento no Brasil é um dos grandes problemas ecológicos que o país enfrenta na atualidade. Várias são suas causas, e elas têm peso distinto nas diversas regiões, sendo as mais importantes a conversão das terras para a agricultura ou para a pecuária, a exploração madeireira, a grilagem de terras, a urbanização e a criação de infraestruturas como pontes, estradas e barragens. O estado do Mato Grosso é o mais atingido pelo desmatamento recente, seguido pelo Pará e Rondônia.

Desde que o homem chegou ao atual território do Brasil, há milhares de anos, passou a produzir impacto ambiental em ciclos repetidos de desmatamento. Mudanças climáticas também devem ter provocado importantes rearranjos nas composições florestais de amplas regiões, mas o conhecimento do processo em épocas tão recuadas é muito incompleto. A partir da conquista portuguesa em 1500 os dados começam a ser mais abundantes, atestando que muitas florestas caíram, especialmente no litoral, para retirada de madeiras e uso agropecuário da terra. De lá para cá o problema se agravou profundamente. Estima-se que o país tinha originalmente cerca de 90% da sua área coberta por formações florestais variadas, o restante constituído de campos, mas em 2000 a proporção total havia baixado para 62,3%. Regionalmente a situação é ainda mais preocupante. Alguns biomas específicos tiveram reduções muito maiores, especialmente a Mata Atlântica, uma das florestas mais ricas em biodiversidade do mundo, da qual hoje resta menos de 13%, e em estado altamente fragmentado, o que acentua sua fragilidade.

Desde os anos 1970 o desmatamento vem ganhando crescente evidência nas mídias e vem sido combatido por crescente número de cientistas, artistas, filósofos, juristas, educadores e outros agentes, desencadeando uma vasta polêmica pública que nos últimos anos se exacerbou de maneira intensa. As pesquisas científicas e as iniciativas independentes para um desenvolvimento ecologicamente seguro se multiplicam, o governo tem investido muitos recursos no setor, mas isso tem sido muito pouco para assegurar uma mudança definitiva em direção à sustentabilidade, e o governo em sido duramente criticado por desencadear retrocessos graves em vários níveis que anulam os ganhos. Na década de 2000 o Brasil apresentou uma nítida tendência de redução na taxa anual de perdas. No entanto, continuava o líder mundial, seguido pela Indonésia e a Austrália. A partir de 2013 o ritmo da devastação voltou a crescer rapidamente, pondo a perder os avanços conquistados na década passada.

O desmatamento não é um problema ambiental isolado. Ele está intimamente ligado a outros danos ecossistêmicos, como o declínio da biodiversidade, a poluição, a invasão de espécies exóticas e o aquecimento global, e essa interação os reforça mutuamente, gerando efeitos negativos maiores do que a simples soma de seus componentes, efeitos que são muitas vezes irreversíveis. Mais do que isso, o desmatamento no Brasil tem sido repetidamente associado ao crescimento da violência no campo, ao êxodo rural, às migrações, à desintegração de comunidades tradicionais, ao empobrecimento cultural, a problemas de saúde pública e outras questões sociais de ampla repercussão, além de acarretar importantes prejuízos econômicos. O problema é grave no Brasil, tem raízes culturais antigas e profundas e muitas ramificações, e não parece estar perto de uma solução definitiva, enfrentando maciça pressão de setores conservadores e do agronegócio. Os especialistas afirmam que são necessárias medidas muito mais enérgicas de combate, que levem em consideração os dados científicos antes do que os interesses políticos e econômicos, e que incluam uma educação da sociedade em larga escala, pois grande parte do problema deriva da escassa informação do público em geral sobre a decisiva influência dos seus hábitos e formas de pensamento na degradação das florestas e de todo o meio ambiente, e sobre as repercussões negativas em larga escala que disso derivam, em prejuízo tanto da natureza como da qualidade de vida das pessoas.

Explicação:

Respondido por Usuário anônimo
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Uma das razões para o desmate ilegal na Amazônia é a especulação fundiária. O posseiro derruba uma floresta de área pública para demarcar território, para demonstrar que usa as terras e, posteriormente, regularizá-las. Segundo Barreto, já existe uma ferramente para frear essa especulação: o Imposto Territórial Rural (ITR). Só que o ITR é amplamente sonegado. Um estudo do Imazon no Pará, extrapolado para a Amazônia, mostra que o governo poderia arrecadar R$ 1 bilhão cobrando efetivamente o imposto. Mais dinheiro em caixa e, de quebra, reduz a pressão pela especulação da terra, diminuindo o desmatamento.

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