O cristianismo prevaleceu como religião dominante na Europa durante toda a Idade Média. Como a Igreja Católica exerceu o poder temporal e o poder espiritual na Europa Ocidental desse período?
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A situação da Igreja Católica na Idade Média
Publicado por Wandinha | 02/ago/2010, 17:59.
Por Patrícia Braik
Transição Feudal-Capitalista
Durante a Idade Média, a Igreja Católica experimentou seu momento de maior poder e expressão na sociedade. Toda a vida civil estava regulada pelas observações religiosas.
As estações do ano agrícola, as reuniões das assembleias consultivas, o calendário anual eram marcados pelas atividades religiosas.
A vida cotidiana era toda impregnada por pequenos rituais católicos, que demonstravam o grande poder da religião. As doenças epidemias e catástrofes eram geralmente atribuídas ao Diabo, e eram resolvidas por meio de exorcismos, sinais da cruz e outros simbolismos católicos. O poder da Igreja diferenciava-se dos demais, uma vez que além do território sob sua jurisdição política ela tinha o poder espiritual sobre quase todo o território europeu.
Esse domínio, construído durante a Idade Média, consistia em estar presente na vida das diferentes camadas sociais. Era a Igreja que representava, pela sua função religiosa, a segurança para a população medieval atemorizada com a morte e, sobretudo, com o que pudesse ocorrer depois da morte. Essa influência, a princípio puramente espiritual, passa a estender-se para o político, na medida em que eram os papas que coroavam os imperadores, nas cerimônias de sagração.
Entre os nobres a Igreja atuava como fornecedora de justificativas religiosas, para as guerras contra os infiéis - as Guerras Santas. Entre os movimentos mais conhecidos da Idade Média, orientados pela Igreja, estão as Cruzadas, que contaram com o apoio dos dirigentes políticos das monarquias feudais, para retomar a Terra Santa , então em poder dos turcos.Entretanto os interesses econômicos e sociais rapidamente superaram os motivos religiosos, que em um primeiro momento serviram de incentivo aos movimentos cruzadísticos.
No plano intelectual a Igreja Católica foi durante o período medieval, a guardiã do conhecimento sistematizado, uma vez que as bibliotecas ficavam em seu poder.
O clero era constituído na sua maioria por indivíduos ricos, que nem sempre possuíam vocação religiosa para praticarem a fé. A religião nesse momento também era vista como uma forma de enriquecimento fácil às custas de tributos dos camponeses e artesãos.
Ao longo de todo o período medieval a Igreja contou com diversos movimentos que tentaram reformar a Instituição nascidos no seio da própria Igreja. A Igreja enfrentou também grande número de guerras, movidas por reis, príncipes e senhores feudais, muitas vezes com o apoio da população, que lutavam contra o abusivo poder dos papas. Entretanto a Igreja saiu vitoriosa na maioria das vezes, mantendo sua unidade, até meados do século XVI, quando ocorreu o movimento da Reforma Protestante.
Durante a Idade Média as relações da Igreja com os banqueiros encontraram um único obstáculo: os juros. Entendia-se que um usurário, ao exigir uma importância maior e proporcional à duração do empréstimo, estava vendendo algo que pertencia somente a Deus (o tempo). Este problema, entretanto acabou sendo contornado. E enquanto se fazia uma cuidadosa revisão dos dogmas da religião, aos “vendedores do tempo” restava a possibilidade, aplicada a todos os demais pecados, de arrepender-se e doar aos pobres e à própria Igreja parte da riqueza acumulada durante toda a vida.
O homem medieval vivia aprisionado em seu pequeno mundo. As informações sobre a Ásia e a África eram muito esparsas e contraditórias. A América não fazia parte dos mapas. Os mercadores eram em geral homens melhor informados do que o restante da população. Estes procuravam compreender as diferenças das civilizações e, ao mesmo tempo, integrá-las dentro da ótica do cristianismo. Com Marco Polo, viajante do século XII, podemos perceber duas grandes questões: as dificuldades em se definir a geografia do globo e o peso ético que a narrativa bíblica impunha aos seus relatos.
O que mais surpreendia o ouvinte medieval, era a exuberância das descrições sobre reinos distantes e não a geografia dos continentes. Cada região era descrita através de cenas cujo impacto fixava uma determinada imagem:
Publicado por Wandinha | 02/ago/2010, 17:59.
Por Patrícia Braik
Transição Feudal-Capitalista
Durante a Idade Média, a Igreja Católica experimentou seu momento de maior poder e expressão na sociedade. Toda a vida civil estava regulada pelas observações religiosas.
As estações do ano agrícola, as reuniões das assembleias consultivas, o calendário anual eram marcados pelas atividades religiosas.
A vida cotidiana era toda impregnada por pequenos rituais católicos, que demonstravam o grande poder da religião. As doenças epidemias e catástrofes eram geralmente atribuídas ao Diabo, e eram resolvidas por meio de exorcismos, sinais da cruz e outros simbolismos católicos. O poder da Igreja diferenciava-se dos demais, uma vez que além do território sob sua jurisdição política ela tinha o poder espiritual sobre quase todo o território europeu.
Esse domínio, construído durante a Idade Média, consistia em estar presente na vida das diferentes camadas sociais. Era a Igreja que representava, pela sua função religiosa, a segurança para a população medieval atemorizada com a morte e, sobretudo, com o que pudesse ocorrer depois da morte. Essa influência, a princípio puramente espiritual, passa a estender-se para o político, na medida em que eram os papas que coroavam os imperadores, nas cerimônias de sagração.
Entre os nobres a Igreja atuava como fornecedora de justificativas religiosas, para as guerras contra os infiéis - as Guerras Santas. Entre os movimentos mais conhecidos da Idade Média, orientados pela Igreja, estão as Cruzadas, que contaram com o apoio dos dirigentes políticos das monarquias feudais, para retomar a Terra Santa , então em poder dos turcos.Entretanto os interesses econômicos e sociais rapidamente superaram os motivos religiosos, que em um primeiro momento serviram de incentivo aos movimentos cruzadísticos.
No plano intelectual a Igreja Católica foi durante o período medieval, a guardiã do conhecimento sistematizado, uma vez que as bibliotecas ficavam em seu poder.
O clero era constituído na sua maioria por indivíduos ricos, que nem sempre possuíam vocação religiosa para praticarem a fé. A religião nesse momento também era vista como uma forma de enriquecimento fácil às custas de tributos dos camponeses e artesãos.
Ao longo de todo o período medieval a Igreja contou com diversos movimentos que tentaram reformar a Instituição nascidos no seio da própria Igreja. A Igreja enfrentou também grande número de guerras, movidas por reis, príncipes e senhores feudais, muitas vezes com o apoio da população, que lutavam contra o abusivo poder dos papas. Entretanto a Igreja saiu vitoriosa na maioria das vezes, mantendo sua unidade, até meados do século XVI, quando ocorreu o movimento da Reforma Protestante.
Durante a Idade Média as relações da Igreja com os banqueiros encontraram um único obstáculo: os juros. Entendia-se que um usurário, ao exigir uma importância maior e proporcional à duração do empréstimo, estava vendendo algo que pertencia somente a Deus (o tempo). Este problema, entretanto acabou sendo contornado. E enquanto se fazia uma cuidadosa revisão dos dogmas da religião, aos “vendedores do tempo” restava a possibilidade, aplicada a todos os demais pecados, de arrepender-se e doar aos pobres e à própria Igreja parte da riqueza acumulada durante toda a vida.
O homem medieval vivia aprisionado em seu pequeno mundo. As informações sobre a Ásia e a África eram muito esparsas e contraditórias. A América não fazia parte dos mapas. Os mercadores eram em geral homens melhor informados do que o restante da população. Estes procuravam compreender as diferenças das civilizações e, ao mesmo tempo, integrá-las dentro da ótica do cristianismo. Com Marco Polo, viajante do século XII, podemos perceber duas grandes questões: as dificuldades em se definir a geografia do globo e o peso ético que a narrativa bíblica impunha aos seus relatos.
O que mais surpreendia o ouvinte medieval, era a exuberância das descrições sobre reinos distantes e não a geografia dos continentes. Cada região era descrita através de cenas cujo impacto fixava uma determinada imagem:
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