História, perguntado por trindadersi202, 8 meses atrás

O crescimento do comércio e das cidades na idade media

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Respondido por juliakovski
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Resposta:

A revolução do setor comercial na Idade Média iniciada no século XI foi, essencialmente, uma revolução das técnicas comerciais, embora esta tenha sido muito lenta e não integral, porque nos finais do século XIII ainda coexistiam as velhas e as novas técnicas comerciais.  

forte influência da Igreja é apontada por muitos historiadores como uma das causas que contribuiu para o atraso verificado no desenvolvimento comercial e económico, pois aquela condenou, até certo ponto, a usura e sempre temeu e desconfiou do envolvimento dos mercadores em negócios comerciais potencializadores de avultados lucros.  

Durante um longo período de tempo o comércio medievo foi uma atividade errante, na qual o mercador seguia a rota dos produtos, sendo a venda feita através da exposição direta dos artigos em lojas, mercados e feiras.  

Os senhores interessados em chamar mercadores para as suas feiras eram obrigados a conceder a "paz do mercado" ou "paz da feira", coibindo vexames ou represálias, dando alojamento e condições de armazenamento dos produtos e prometendo a redução ou isenção de taxas.  

Esta política foi habilmente seguida pelos condes de Champanhe, que também se serviram do salvo-conduto e dos guardas das feiras para garantir o sucesso e o bom funcionamento das mesmas.  

De início, estes eram apenas funcionários condais encarregados de organizar e controlar os regulamentos, mas desde 1174 passam a ter poderes jurisdicionais sobre os mercadores dentro dos limites privilegiados das feiras.  

No século XIII tinham uma jurisdição sobre todo o Ocidente medieval cristão, e a partir de 1260 foram generalizadas as "cartas dos guardas das feiras", que exigem a utilização de notários, procuradores e sargentos.  

apogeu destas feiras verificou-se entre o final do século XII e meados do século XIII, um período em que as feiras de Champanhe eram o centro do comércio ocidental e onde os lanifícios do Norte passavam para os italianos para serem redistribuídos no Mediterrâneo, enquanto os flamengos compravam tecidos de seda e especiarias, vendidas pelos comerciantes do Norte da Europa em Bruges, a par dos tecidos flamengos e do vinho francês.  

Em meados do século XIII, estas feiras começaram a entrar em decadência e em 1250 mudaram radicalmente de feição: de mercado de tecidos passaram a ser centros de câmbio.  

Contudo, no final daquela centúria, após a simbólica viagem dos irmãos genoveses Vivaldi ao longo da costa ocidental africana até quase ao Bojador, os navios cristãos ultrapassaram o estreito de Gibraltar e passaram a ligar regularmente os dois polos mais importantes do comércio europeu (as repúblicas italianas e o Norte flamengo), retomando uma desaparecida tradição fenícia, que atravessava o Mediterrâneo e seguia pelo Atlântico até à Cornualha inglesa (ilhas Scilly, ou Cassitérides, de onde provém o nome científico do estanho, a cassiterite) em busca de estanho.  

Todos os anos, as "galeras di mercato" venezianas e os navios de Génova partiam em direção ao Norte enquanto as "cocas" nórdicas passavam a ser visita habitual nas margens do Sul do continente (repetindo, pacificamente, as rotas vikings).

Explicação:

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