História, perguntado por gabrielchebile2002, 4 meses atrás

O Coronelismo na República Velha

É expressão usada para definir a estrutura de poder dos grandes proprietários e das oligarquias agrárias entre o fim do

Império e o começo da República. O título ou patente de “coronel” dos grandes proprietários rurais vem de sua participação

na Guarda Nacional, criada em 1831. Durante o império são eles que, com suas tropas particulares, garantem a ordem

interna. Com a República, é extinta a Guarda Nacional, mas os coronéis mantêm o poder nas suas terras e áreas de

influência. A partir da instituição do regime representativo e a ampliação do direito de voto ganham importância os partidos

políticos e as eleições. Mas são os coronéis, articulados nas oligarquias regionais, que garantem a eleição de candidatos do

governo federal e estaduais, durante a República Velha. Os coronéis fazem a propaganda dos candidatos oficiais,

controlam o voto, não secreto, dos eleitores e a apuração, garantindo quase sempre os resultados esperados.

“Coronel caudilho” nas coxilhas do Sul, “coronel de barranco” nos rios amazônicos, “coronel donatário” nos sertões do

Nordeste ou “coronel empresário” na cafeicultura do Sudeste: os nomes variam, mas a estrutura de poder é a mesma. Os

grandes proprietários e as oligarquias rurais trocam favores por votos: de botina e enxada a empregos públicos. Essas

práticas apoiavam-se nas velhas relações paternalistas originárias da sociedade colonial e só começam a mudar a partir

dos anos 30 e 40 com a urbanização e a industrialização. No interior do país ainda são os laços de fidelidade, lealdade e de

dependência econômica com os senhores de terras que condicionam o comportamento político das populações locais.

Qualquer um que pretenda conhecer um pouco da vida política do Brasil deve necessariamente conhecer este

fenômeno, para entender de que forma se deu o processo de dominação do eleitorado durante as primeiras décadas de

República.

O Coronelismo foi sobretudo um compromisso entre o poder público e o poder privado. O que é o poder público? O

Estado é dessa forma quem o representa: deputados, prefeitos governadores e o próprio presidente. E o poder privado? Os

chefes locais, ou seja, (A) as elites latifundiárias. Que espécie de compromisso se estabelece entre dois níveis de poder?

Para chegar ao poder, os políticos precisam de votos. Aqueles chefes políticos agem, dessa forma, conseguindo votos, ou

seja, eleitores. O que os chefes políticos recebiam em troca? Favores, muitos favores. Dos mais simples aos mais

complicados. De um emprego para um parente até verbas para estradas, pontes, praças. O coronel fazia e acontecia, é

claro que com o dinheiro público. Quanto mais favor conseguia, mais poderosa era. Quanto mais poderoso era, mais favor

conseguia.

O grosso do eleitorado encontrava-se no campo. As maiorias destas pessoas eram extremamente pobres, sem terras,

sem escola, sem justiça, sem leis. Todos eram dependentes de quem tinha terra. Mesmo que tivessem consciência e

quisessem exercer seus direitos não podiam fazê-lo. Qualquer tentativa de independência seria punida com a expulsão da

terra, que era a única forma de sobrevivência, essa massa de desvalidos compunha, para o coronel, inúmeros votos. Eis a

explicação para o (B) voto de cabresto.

As formas de controle eram muitas e variadas. O chefe local cuidava de tudo. Como as despesas para ir e votar eram

muitas, o coronel pagava o transporte até a cidade, o lanche, o alojamento, a roupa, o sapato, o chapéu, etc. Para o eleitor

o voto não tinha muita importância. Não interessava em quem estava votando, mas sim os benefícios que o voto poderia

trazer já que sua vida era tão miserável.

Quanto mais voto o coronel conseguisse, mais poderoso ele ficava. O seu candidato vencendo as eleições poderia

cumprir uma série de favores prometidos como conseguir estradas, pontes, posto de saúde, colocar correio, telégrafo, fazer

campo de futebol, etc.

Mas será que o coronel era sempre bonzinho? Provavelmente, não. Andava sempre escoltado por inúmeros capangas

armados até os dentes. Além de cuidar de sua proteção eles também conseguiam votos na marra ameaçando, espancando

e até matando os opositores políticos. Mas e a lei, a justiça? Não existiam? Claro que sim. Só que com um detalhe: o

delegado geralmente era parente do coronel, o juiz era o tio, e por aí a fora. O coronel era o que podemos chamar de costas

quentes. Ele próprio tinha conseguido estes empregos para os parentes e agora cuidava para se beneficiar disto. Uma frase

comum na época: “para os amigos do coronel pão, para os inimigos, chibata”.

1 – Explique cada frase grifada do texto.

EXPRESSÕES GRIFADAS EXPLICAÇÃO DAS EXPRESSÕES

2 – Explique as expressões grifadas no texto A e B.

TEXTO A TEXTO B

3 – Procure, com suas palavras, uma explicação para o coronelismo: suas causas e

características básicas.

1.

2.

3.

4.

5.

Me ajudeeeeeeeeee pfvr

Soluções para a tarefa

Respondido por felipeoliveira2077
1

Resposta:

moço isso não é uma pergunta e sim um livro acho melhor rezar muito. CHUTA E VAI COM DEUS


gabrielchebile2002: já fiz :) e odeio história
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