Português, perguntado por mayconvinicius93, 11 meses atrás

O cordel foi escrito em uma das muitas variedades regionais existentes no Brasil. Reenscreva a ultima estrofe usando uma variedade diferente da presente no texto original (boi zebu e as formigas, página: 198/199

Soluções para a tarefa

Respondido por acsateles123
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Resposta:O boi zebu e as formigas

Um boi zebu certa vez

Moiadinho de suó,

Querem saber o que ele fez

Temendo o calor do só

Entendeu de demorá

E uns minuto cuchilá

Na sombra de um juazêro

Que havia dentro da mata

E firmou as quatro pata

Em riba de um formiguêro.

Já se sabe que a formiga

Cumpre a sua obrigação,

Uma com outra não briga

Veve em perfeita união

Paciente trabaiando

Suas foia carregando

Um grande inzempro revela

Naquele seu vai e vem

E não mexe com mais ninguém

Se ninguém mexe com ela.

Por isso com a chegada

Daquele grande animá

Todas ficaro zangada,

Começou a se açanhá

E foro se reunindo

Nas pernas do boi subindo,

Constantemente a subi,

Mas tão devagá andava

Que no começo não dava

Pra de nada senti.

Mas porém como a formiga

Em todo canto se soca,

Dos casco até a barriga

Começou a frivioca

E no corpo se espaiado

O zebu foi se zangando

E os cascos no chão batia

Ma porém não miorava,

Quanto mais coice ele dava

Mais formiga aparecia.

Com essa formigaria

Tudo picando sem dó,

O lombo do boi ardia

Mais do que na luz do só

E ele zangado as patada,

Mais força incorporava,

O zebu não tava bem,

Quando ele matava cem,

Chegava mais de quinhenta.

Com a feição de guerrêra

Uma formiga animada

Gritou para as companhêra:

Vamo minhas camarada

Acaba com os capricho

Deste ignorante bicho

Com a nossa força comum

Defendendo o formiguêro

Nos somos muitos miêro

E este zebu é só um.

Tanta formiga chegou

Que a terra ali ficou cheia

Formiga de toda cô

Preta, amarela e vermêa

No boi zebu se espaiando

Cutucando e pinicando

Aqui e ali tinha um moio

E ele com grande fadiga

Pruquê já tinha formiga

Até por dentro dos óio.

Com o lombo todo ardendo

Daquele grande aperreio

zebu saiu correndo

Fungando e berrando feio

E as formiga inocente

Mostraro pra toda gente

Esta lição de morá

Contra a farta de respeito

Cada um tem seu direito

Até nas leis da natura.

As formiga a defendê

Sua casa, o formiguêro,

Botando o boi pra corrê

Da sombra do juazêro,

Mostraro nessa lição

Quanto pode a união;

Neste meu poema novo

O boi zebu qué dizê

Que é os mandão do podê,

E as formiga é o povo.

Do livro Ispinho e Fulô – Patativa do Assaré

Explicação:


mayconvinicius93: Era só a última estrofe, mas obrigado, mas... você usou uma variedade diferente da presente, certo?
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