O conhecimento e política de Hobbes e locke
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Resposta:
Ao falarmos de teoria política dos séculos XVII e XVIII é indispensável tocarmos nos contratualistas. Dentre eles, torna-se comum compararmos as obras de Hobbes, Locke e Rousseau, os três principais nomes. Obviamente existem diferenças crucias, apesar do diálogo que se estabelece no desenvolvimento dos seus pensamentos. Com Locke, logo o associamos a Hobbes, não apenas por serem contemporâneos (apenas vinte anos os separam, aproximadamente), mas porque os dois se antagonizam. Thomas Hobbes foi considerado absolutista e John Locke o pai da era das revoluções democráticas. No entanto, embora possamos encontrar uma resposta na obra lockeana e aplicá-la ao problema deixado pela interpretação hobbesiana do contrato social, não deixa de ser uma refutação indireta, visto que o objetivo do Dois Tratados Sobre o Governo, na verdade, era responder a Robert Filmer. Hobbes pode ter se tornado na posterioridade um pensador célebre, mas na sua época era odiado. O absolutista mais aclamado era Filmer. Foi à sua interpretação bíblica que justificava o domínio da realeza no direito divino patriarcal e hierárquico, que Locke dirigiu sua crítica. Consequentemente, quem ditou os termos argumentativos de Locke foi Filmer, e não Hobbes. Porém, certamente ele o conhecia. É possível até que na sua juventude existisse uma semelhança entre os dois. Laslett aponta que as referências são escassas, e até a menção ao Leviatã no item 98 do Segundo Tratado é destituído de um sentido preciso, e as poucas que existem parecem ser dirigidas ao hobbesianismo em geral, difundido por outros autores e críticos. Por isso, Laslett concluí que é difícil determinar quando e em que medida ele conhecia Hobbes 1