O conceito de Limite de uma função realiza um papel muito importante em toda teoria matemática envolvida com o Cálculo Diferencial e Integral. Há uma cadeia ordenada muito bem estabelecida neste Cálculo: Conjuntos, Funções, Limites, Continuidade, Derivadas e Integrais. Para entender os conceitos desta cadeia a Teoria de Limites é fundamental. Por exemplo, obter uma raiz de uma função polinomial de grau maior do que 4 somente é possível por meio de métodos numéricos que utilizam fortemente as ideias de limites e continuidade. Para enfatizar a resolução de problemas com o uso do Cálculo Diferencial de Várias Variáveis e o conhecimento adquirido ao longo da disciplina, resolva o seguinte exercício sobre limite e continuidade:
Soluções para a tarefa
Olá, boa noite.
Temos a seguinte função de duas variáveis definida por partes
Devemos determinar:
a) Se esta função tem limite quando e .
Observe que não nos interessamos com o que acontece com a função quando e assumem estes valores e sim, o que acontece quando as variáveis assumem valores próximos.
Logo, assumimos o limite e devemos analisar seus limites laterais.
Para que um limite exista, seus limites laterais devem ser iguais, logo fazemos:
Como se trata de uma função polinomial, ela está definida para o conjunto dos reais, logo
Calcule a potência e multiplique os valores
Some os valores
Então, agora calculamos o limite quando as variáveis tendem ao ponto pela esquerda:
Da mesma forma, por se tratar de uma função polinomial, ela está definida para o conjunto dos reais, logo
Calcule a potência e multiplique os valores
Some os valores
Como pudemos ver, os limites laterais são iguais, logo
f(x, y) tem limite quando x tende a 1 e y tende a 2.
b) A função é contínua em
Para isso, nos baseamos no que já foi calculado. Assim como limites de uma variável, se o limite da função nos pontos for igual ao seu valor no ponto: para todo o intervalo e o gráfico não apresenta uma descontinuidade no ponto, a função é contínua.
Porém, para os valores de e , nos foi definido que a função é igual a zero, logo nossa resposta final é:
A função f(x, y) não é contínua em (1, 2).