O conceito de corpo foi construído historicamente e foi alvo de estudos de muitos pensadores clássicos como Platão, Tomás de Aquino, Descartes e Merleau-Ponty. Cada um com uma ideia central e de acordo com a sociedade em que estavam inseridos. NUNES, M. A. L. Fundamentos de Rítmica e Dança. Maringá: Unicesumar, 2019. Considerando as convicções de cada um dos filósofos citados no texto anterior, analise as afirmações a seguir: I. Tomás de Aquino é o estudioso da fenomenologia, em que existe a ruptura com a percepção entre corpo e mente/alma. Neste sentido, o corpo passa a ser entendido na sua totalidade e é resultado das vivências e experiências do homem no mundo. II. Para Platão, o corpo funcionava como obstáculo na busca pela verdade. Para ele, a alma raciocinava melhor e não apresentava sofrimento ou prazer. Além disso, pregava que o corpo era inferior ao espírito. III. Para Descartes, cabia ao corpo a tarefa de obedecer, pois a mente pensava sobre o corpo, ou seja, superior a ele. É nítida a distinção entre corpo e mente proposta pelo autor. IV. Para Merleau-Ponty, o prazer sexual deveria ser rejeitado, pois este afastava o ser humano de Deus, e, durante a Idade Média, o corpo foi condenado e castigado. Agora, assinale a alternativa que apresenta apenas as afirmações corretas:
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Resposta:
II e III apenas
Explicação:
Página 21 e 22 do livros.
as narrativas de Platão e Descartes, correspondem à asserção,
a narrativa correta de Tomas de Aquino corresponde a narrativa de Merleau-Ponty, e vice-versa.
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O corpo é uma investigação filosófica que faz parte do pensamento humano há séculos. Assim, as afirmações II e III estão corretas.
Para compreender a questão, devemos entender melhor sobre o corpo na história da filosofia.
O corpo na reflexão filosófica
- I. Falso. Santo Tomás de Aquino faz parte da filosofia medieval escolástica e concebe o corpo com inferior à mente, pois é fonte de pecado e desobediência a Deus.
- II. Verdadeiro. Platão concebe que o corpo aprisiona a alma para alcançar a verdade no Hiperurânio.
- III. Verdadeiro. Descartes distingue res extensa, o corpo, de res cogitans, a mente. Daí vem o dualismo cartesiano com primazia à mente.
- IV. Falso. Merleau-Ponty afirma que não há dualidade entre corpo e mente. Sua fenomenologia diz respeito ao corpo não ser superior, mas ele ser o mundo e o mundo ser o corpo. Portanto, não diferença entre corpo e mente.
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