O cinema é uma arte e uma indústria que nasceu e se desenvolveu voltando-se para narrativas masculinas.
Produzido pelos e para os homens, reservou para as mulheres um lugar de subjugação - nas telas e nos sets - que
vem sendo constantemente questionado e transgredido nos últimos tempos. O Instituto de Cinema decidiu
colocar luz sobre esse assunto e trazer para vocês algumas informações sobre a desigualdade de gênero que
assombra a sétima arte, assim como o trabalho de algumas mulheres incríveis que lutam por seu espaço.
Por muito tempo, mulheres foram consideradas incapazes de executar certos trabalhos assim como sua
presença em determinados âmbitos era considerada inadequada. Essa premissa social se repetia (e por vezes
ainda se repete) no cinema, principalmente em funções que envolvem aspectos técnicos, como as áreas de
direção e fotografia.
Ainda hoje, a falta de profissionais mulheres por trás das câmeras é um reflexo problemático de uma sociedade
desigual e discriminatória. Entre as 100 maiores bilheterias norte-americanas de 2018, apenas 8% tem diretoras
no comando. Em outras funções, algumas estatísticas deixam ainda mais a desejar, mulheres assinam apenas
10% dos roteiros, 2% das direções de fotografia, 14% das edições e 24% como produtoras. Já entre as 250
maiores bilheterias de 2017, as mulheres representaram apenas 3% do total de membros das equipes de
filmagem.
Além disso, apesar de representarem pelo menos metade do público que frequenta salas de cinema, segundo o
site americano “Women and Hollywood”, mulheres foram protagonistas em apenas 24% dos filmes lançados em 2017. Existe um senso comum na indústria cinematográfica de que histórias sobre mulheres não seriam tão
facilmente vendidas. Enquanto as histórias masculinas são consideradas “universais”, as femininas seriam apenas
para mulheres.
Dessa forma, mulheres são afastadas dos cargos de poder em uma produção, segundo a diretora Greta Gerwig,
na indústria Hollywoodiana, as grandes produtoras não confiam em mulheres para dirigir filmes ou contar
histórias, o que é mais uma prova do reflexo de uma cultura misógina no cinema que se produz.
E isso não é apenas verdade nos Estados Unidos, de acordo com dados da Ancine sobre a produção do cinema
brasileiro da retomada (1995 a 2005), homens dirigiram 79% dos filmes, enquanto mulheres apenas 18% e 3%
representavam produções mistas. Duas décadas depois, no ano de 2017, ao invés de se ampliar, a participação
feminina no mercado cinematográfico brasileiro praticamente não se alterou: homens cineastas (77%), mulheres
cineastas (16%), produções mistas (7%).
Para caminharmos em direção a um mundo menos desigual, com um cinema que represente isso e tenha ainda
mais potência de alcançar um público diverso, é preciso que mais mulheres ocupem importantes cargos nas
produções, com real poder de decisão. É urgente a necessidade de que departamentos deixem de ser chefiados
apenas por homens, para que assim os sets de filmagem não sejam mais ambientes hostis para cineastas
mulheres.
A presença feminina à frente das produções cinematográficas representa uma abertura significativa uma vez que
trazer a experiência de mundo das mulheres para a produção de significados desafia por si só o status quo do
cinema e da sociedade, inevitavelmente alterando o produto que é entregue ao público. Uma das consequências
dessa predominância masculina nos sets é o fato de a representação das mulheres se dar constantemente de
forma misógina.
Muito comumente personagens mulheres são tidas apenas como um complemento para os personagens
masculinos, isso sem falar da constante sexualização a que são submetidas. É extremamente costumeiro que
mulheres sejam nos filmes apenas mães, namoradas ou filhas dos protagonistas e sequer tenham um
desenvolvimento narrativo próprio.
Porém, apesar de o cinema ter sido historicamente um espaço masculino e branco, mulheres que questionam
esse paradigma vêm constantemente tentando mudar essa realidade. Sendo assim, para exaltar o trabalho dessas
- e de muitas outras cineastas que não estão aqui - preparamos uma lista com nomes de importantes mulheres
da história do cinema.
1- Compare de acordo com o texto as mulheres no Cinema o percentual de homens e mulheres na indústria cinematográfica mundial e nacional, na sua opinião por que isso acontece?
alguém me ajudaaa
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Resposta:
Os dados apontados no texto mostra como a indústria do cinema é ainda muito machista. Isso acontece por conta dos infelizes pensamentos machistas que tem no mundo inteiro, impedindo mulheres de serem cineastas de grandes produções
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