Música, perguntado por Anabruninha, 9 meses atrás

o cientista acredita que a arte é a fala surgiram acerca de​

Soluções para a tarefa

Respondido por Ozyloyd
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Resposta:

eu acho que e essa aki

Explicação:

A pesquisa em ciência é caracterizada pela indagação sobre um objeto codificado em linguagem, sendo que, tanto objeto como linguagem são também investigados e inquiridos a partir de uma meta-linguagem. A pesquisa, assim, trata de transmitir informação e conhecimento sobre o objeto pesquisado, requer, portanto, o distanciamento crítico necessário para poder abordar e determinar seu objeto desde todos os pontos de vista possíveis. O cruzamento dos pontos de vista elimina o subjetivismo, delimita e define a verdade sobre o objeto pesquisado. Isto, de acordo com o "princípio de incerteza" e também com o conceito de Niels Bohr sobre a relatividade do conhecimento. Diz Bohr (via Arnheim, 1980: 223), que todas as informações sobre um objeto atômico, obtidas através de diferentes planos experimentais, são complementares.

Para o artista, a partir de um conceito de arte como divergência da norma, do código e da convenção na geração de interpretantes (significados), a arte instala um desarranjo nos hábitos, crenças, expectativas e convenções instituídas como significados estabelecidos. De acordo com o poeta: "uma obra de arte deveria ensinar-nos sempre que não havíamos visto o que vemos. A educação profunda consiste em desfazer a educação primitiva" (Valéry, 1991: 145).

Não foi outra a percepção de Marcel Duchamp no "Grande Vidro" (inacabado em 1923), quando fez da ironia e da atitude antimecânica os seus antídotos ao utilizar pseudo-geometrias na criação das "máquinas delirantes" (O. Paz). Mesmo o gesto duchampiano, anti-técnico e inutilizador da função do objeto ao transformá-lo em ready-made, é criador da diferença (crítica), homologando a indeterminação e contradição humanas.

Ainda mais, o arbítrio da criação artística permanece visível na obra acabada, enquanto é eliminado na criação científica pelo recurso à verificação e à construção lógica durante a formulação. A obra artística é assim mais independente, esta elabora-se sob o princípio do paradigma, do modelo, do singular, do "eterno retorno", já a obra científica é elaborada sob o signo do geral, do sintagma, do progresso "e está ligada a todo o edifício da ciência" (Moles, 1981). Também, enquanto a obra científica procura a monossemia e o "interpretante final", a obra artística procura a polissemia ("abertura" às muitas interpretações). Aqui é que se verifica essa transmissão do processo criador do artista para o espectador, que é a característica da arte.

Por outro lado, o "texto artístico" tem um caráter "modelizante" porque se projeta sobre a realidade de seu próprio modelo (Lotman: 1981: 19). E Paul Valéry (1991: 140): "As ciências e as artes diferem principalmente nisto, que as primeiras devem visar resultados certos ou enormemente prováveis; as segundas podem esperar apenas resultados de probabilidades desconhecidas".

Também para E. Gombrich, o objetivo perseguido pelo artista não é uma proposição verdadeira como na ciência, senão um efeito psicológico. "Tais efeitos podem ser estudados, mas não podem ser demonstrados".

Como disse Marcel Duchamp: "Não há solução porque não há problema

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