Português, perguntado por AllanaLuanete12, 1 ano atrás

o carnaval da Bahia é/ sempre foi uma festa democrática?
por que?


PS: valendo 30pts, a resposta tem q ser grandee kkkk

Soluções para a tarefa

Respondido por chellysantos20
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1. A moda agora é defender um suposto Carnaval democrático em Salvador, isso na fala de politicos, artistas, autoridades, possíveis ativistas e outros, quando todo mundo sabe que o Momo da capital baiana sempre foi (e continuará sendo) participativo e democrático dentro da realidade brasileira. Nasceu assim, passou por ciclos diferenciados, ora mais excludente; ora menos excludente; e continuará sendo assim.
   2. É só olhar a tendência dos últimos 10 anos com a profussão de camarotes no circuito Barra-Ondina, capitaneados inicialmente por Daniela Mercury, postos dentro do sistema capitalista onde só tem acesso quem paga. E isso é abrangete a todas as classes sociais, dos mais caros; aos mais baratos e ninguém escapa tanto que o Ilê Aiyê que é um bloco afro tem seu camarote pago no centro; e Gilberto Gil tem seu camarote só para convidados especiais bancado por empresas.
   3. Isso diminui a democracia no Carnaval? Não. Era assim em tempos idos com os camarotes dos hoitéis da Rua Chile, especialmente o Pálace, e com as marquises da Av Sete. As familias que não podiam levavam suas cadeiras e bancos para a avenida, demarcavam um local e assistiam a festa. Ninguém reclamava. As arquibancadas  da Prefeitura no Campo Grande sempre foram muitos disputadas e são também uma forma de democratização do Carnaval. As pessoas adoram ir pra lá.
   4. Virou mania dizer-se na atualidade que o importante são os trios sem cordas. É uma demagogia que não tem mais tamanho. Se um patrocinador paga R$500 mil para uma cantora puxar um trio sem corda, isso representa democratização do Carnaval? De forma alguma. Se ela puxasse o trio dela sem patrocinador, numa boa, aí sim. 
   5. Ainda hoje, todos os blocos saem com cordas, desde os de trios, os afro, os afoxés, os de samba, os de indios e outros. Tem algum sentido, por exemplo, o bloco Filhos de Gandhy sair com cordas e são 3 a 4 mil homens juntos? Tem. Isso porque, os blocos são entidades de direito privado e as pessoa pagam para brincar neles, num espaço pré-determinado. Isso deixa de ser democrático? De forma alguma. Vive-se num país capitalista. É assim em tudo: para ir ao Sarau do Brown, paga-se; para ir ao ensaio do Olodum, paga-se.
Respondido por PSilva28
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Depois de 1930, os três clubes de elite do carnaval baiano sofriam economicamente e se retiravam do carnaval. As batucadas emergiram e em parte preencheram o vácuo, ritualizando a presença da cultura e sociabilidade da classe trabalhadora afro-mestiça no carnaval. Neste período, os políticos e, especialmente, jornalistas comemoravam a batucada e o samba como centrais para o carnaval, contribuindo para a consolidação das práticas musicais afro-mestiças como elementos vitais do que a Bahia significava e do que "baiano" passou a significar durante a era Vargas. Embora, após 1950, o trio elétrico e o ressurgimento dos clubes de elite tenham encerrado a "Era das Batucadas," elas desempenharam papéis importantes na reformulação da baianidade, entre 1930 e 1950, e forneceram uma ponte de identificação étnica e cultural entre os afoxés e clubes afros do século XIX e início do século XX, por um lado, e os afoxés e blocos afros do final do século XX e início do XXI. 
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