Português, perguntado por souzapaola2017, 7 meses atrás

O carioca, outrora alegre e gentil, virou grosseiro e irritadiço.

        Sai de casa pela manhã, como quem vai para uma briga; mantém para com o colega do bonde, ônibus ou lotação, uma atitude de “mentalidade antipática”, e, para com o motorista ou cobrador, de “beligerância em potencial”.

        Não cede lugar a nenhuma senhora, e defende a tese de que todas as senhoras e senhoritas vão à cidade para apenas comprar carretel; e, quando cede lugar a uma dama bonita, acha que adquiriu com isso direito de ser louco e imediatamente amado pela mesma.

        O chofer considera todo colega “barbeiro” e todo pedestre um débil mental com propensão ao suicídio.

        O garçom irrita-se porque o freguês tem a veleidade de lhe pedir alguma coisa, e cada freguês acredita ter o privilégio natural de ser servido em primeiro lugar.

        Em resumo: o próximo a quem outrora chamávamos de cavalheiro é hoje um “palhaço”.

        Ainda ontem eu vinha para casa num táxi e esse quase se chocou com um carro particular.

        Quase ao mesmo tempo vieram os dois gritos:

        _ Palhaço!

            _ Palhaço!

Confesso que eu mesmo, que não entrei na conversa, me senti um pouco palhaço. Ou pelo menos um membro do circo – esse vasto circo de neurastênicos.

                              Rubem Braga.

 

 

me ajudem pleaseee 

1.   Segundo o texto, o carioca só mantém com o próximo uma relação de hostilidade que caracteriza a cotidiana guerra urbana, representada por duas específicas expressões do segundo parágrafo. Transcreva-as.

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  É hábito de motorista não assumir as suas falhas. Culpar o outro, portanto, é uma atitude comum de quem deseja proteger-se do rótulo de homicida. Uma passagem confirma a tese sugerida pela crônica. Transcreva-a.             

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4.   O vocabulário de um texto pode trazer para o leitor o tempo de um registro de realidade. Embora a sua crítica seja ainda cada vez mais pertinente, a presente crônica é antiga, e duas palavras nos confirmam esse fato. Aponte-as.

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5.   Dentro desse “circo de neurastênicos”, quando as relações não são agressivas, traduzem o lado interesseiro do ser humano embutido no falso gesto nobre. Que atitude, no texto, sugere tal conclusão? Transcreva-a.

Soluções para a tarefa

Respondido por maryanaf255
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Resposta:

souzapaola2017

há 22 horas

Português

Ensino médio (secundário)

O carioca, outrora alegre e gentil, virou grosseiro e irritadiço.

Sai de casa pela manhã, como quem vai para uma briga; mantém para com o colega do bonde, ônibus ou lotação, uma atitude de “mentalidade antipática”, e, para com o motorista ou cobrador, de “beligerância em potencial”.

Não cede lugar a nenhuma senhora, e defende a tese de que todas as senhoras e senhoritas vão à cidade para apenas comprar carretel; e, quando cede lugar a uma dama bonita, acha que adquiriu com isso direito de ser louco e imediatamente amado pela mesma.

O chofer considera todo colega “barbeiro” e todo pedestre um débil mental com propensão ao suicídio.

O garçom irrita-se porque o freguês tem a veleidade de lhe pedir alguma coisa, e cada freguês acredita ter o privilégio natural de ser servido em primeiro lugar.

Em resumo: o próximo a quem outrora chamávamos de cavalheiro é hoje um “palhaço”.

Ainda ontem eu vinha para casa num táxi e esse quase se chocou com um carro particular.

Quase ao mesmo tempo vieram os dois gritos:

_ Palhaço!

_ Palhaço!

Confesso que eu mesmo, que não entrei na conversa, me senti um pouco palhaço. Ou pelo menos um membro do circo – esse vasto circo de neurastênicos.

Explicação:


souzapaola2017: mulheeer, n consegui entender muito bem a sua resposta, ms obrigada pela ajuda, to fazendo o possível pra entender ( sou lerda)
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