Português, perguntado por santosbarreto28, 5 meses atrás

O caçador de esmeraldas
I


[...] Ah! quem te vira assim, no alvorecer da vida,
Bruta Pátria, no berço, entre as selvas dormida,
No virginal pudor das primitivas eras,
Quando, aos beijos do sol, mal compreendendo o anseio
Do mundo por nascer que trazias no seio,
Reboavas ao tropel dos índios e das feras!


Já lá fora, da ourela azul das enseadas,
Das angras verdes, onde as águas repousadas
Vêm, borbulhando, à flor dos cachopos cantar;
Das abras e da foz dos tumultuosos rios,
Tomadas de pavor, dando contra os baixios,
As pirogas dos teus fugiam pelo mar...


De longe, ao duro vento opondo as largas velas,
Bailando ao furacão, vinham as caravelas,
Entre os uivos do mar e o silêncio dos astros;
E tu, do litoral, de rojo nas areias,
Vias o Oceano arfar, vias as ondas cheias
De uma palpitação de proas e de mastros. [...]


Outras vinham, na lebre heróica da conquista!
E quando, de entre os véus das neblinas, à vista
Dos nautas fulgurava o teu verde sorriso,
Os seus olhos, ó Pátria, enchiam-se de pranto:
Era como se, erguendo a ponta do teu manto,
Vissem, à beira d’água, abrir-se o Paraíso!


BILAC, Olavo. O caçador de esmeraldas. In: A Biblioteca Virtual de Literatura. Disponível em: . Acesso em: 27 mar. 2019. Fragmento. Mantida a ortografia original do texto.



Texto 2


Sob o mesmo céu


Sob o mesmo céu
Cada cidade é uma aldeia, uma pessoa,
Um sonho, uma nação.
Sob o mesmo céu,
Meu coração não tem fronteiras,
Nem relógio, nem bandeira,
Só o ritmo de uma canção maior


A gente vem do tambor do índio
A gente vem de Portugal
Vem do batuque negro
A gente vem do interior, da capital,
A gente vem do fundo da floresta
Da selva urbana dos arranha-céus,
A gente vem do pampa, vem do cerrado,
Vem da megalópole, vem do pantanal,
A gente vem do trem,
Vem de galope,
De navio, de avião, motocicleta,
A gente vem a nado,
A gente vem do samba, do forró,
A gente vem do futuro conhecer nosso passado.


Brasil
Com quantos Brasis se faz o Brasil?
Com quantos Brasis se faz um país?
Chamado Brasil [...]


LENINE. Intérprete: Lenine. In: Lenine.doc, 2010, Mameluco Produções, faixa 9 Disponível em: . Acesso em: 27 mar. 2019. Fragmento.



Apesar de pertencerem a épocas distintas, esses textos apresentam em comum
a crítica à atividade dos bandeirantes portugueses.
a descrição de características típicas do Brasil.
a exaltação aos instrumentos musicais indígenas.
a ideia da natureza como fonte de inspiração.
a valorização da herança cultural de Portugal.

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Respondido por desconhecidaan34
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Resposta:

O caçador de esmeraldas

I

[...] Ah! quem te vira assim, no alvorecer da vida,

Bruta Pátria, no berço, entre as selvas dormida,

No virginal pudor das primitivas eras,

Quando, aos beijos do sol, mal compreendendo o anseio

Do mundo por nascer que trazias no seio,

Reboavas ao tropel dos índios e das feras!

Já lá fora, da ourela azul das enseadas,

Das angras verdes, onde as águas repousadas

Vêm, borbulhando, à flor dos cachopos cantar;

Das abras e da foz dos tumultuosos rios,

Tomadas de pavor, dando contra os baixios,

As pirogas dos teus fugiam pelo mar...

De longe, ao duro vento opondo as largas velas,

Bailando ao furacão, vinham as caravelas,

Entre os uivos do mar e o silêncio dos astros;

E tu, do litoral, de rojo nas areias,

Vias o Oceano arfar, vias as ondas cheias

De uma palpitação de proas e de mastros. [...]

Outras vinham, na lebre heróica da conquista!

E quando, de entre os véus das neblinas, à vista

Dos nautas fulgurava o teu verde sorriso,

Os seus olhos, ó Pátria, enchiam-se de pranto:

Era como se, erguendo a ponta do teu manto,

Vissem, à beira d’água, abrir-se o Paraíso!

BILAC, Olavo. O caçador de esmeraldas. In: A Biblioteca Virtual de Literatura. Disponível em: . Acesso em: 27 mar. 2019. Fragmento. Mantida a ortografia original do texto.

Texto 2

Sob o mesmo céu

Sob o mesmo céu

Cada cidade é uma aldeia, uma pessoa,

Um sonho, uma nação.

Sob o mesmo céu,

Meu coração não tem fronteiras,

Nem relógio, nem bandeira,

Só o ritmo de uma canção maior

A gente vem do tambor do índio

A gente vem de Portugal

Vem do batuque negro

A gente vem do interior, da capital,

A gente vem do fundo da floresta

Da selva urbana dos arranha-céus,

A gente vem do pampa, vem do cerrado,

Vem da megalópole, vem do pantanal,

A gente vem do trem,

Vem de galope,

De navio, de avião, motocicleta,

A gente vem a nado,

A gente vem do samba, do forró,

A gente vem do futuro conhecer nosso passado.

Brasil

Com quantos Brasis se faz o Brasil?

Com quantos Brasis se faz um país?

Chamado Brasil [...]

LENINE. Intérprete: Lenine. In: Lenine.doc, 2010, Mameluco Produções, faixa 9 Disponível em: . Acesso em: 27 mar. 2019. Fragmento.

Apesar de pertencerem a épocas distintas, esses textos apresentam em comum

a crítica à atividade dos bandeirantes portugueses.

a descrição de características típicas do Brasil.

a exaltação aos instrumentos musicais indígenas.

a ideia da natureza como fonte de inspiração.

a valorização da herança cultural de Portug

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