O AZULÃO E OS TICO-TICOS Do começo ao fim do dia, um belo Azulão cantava, e o pomar que atento ouvia o seus trilos de harmonia, cada vez mais se enflorava. Se um tico-tico e outras aves vaiavam sua canção… mais doce ainda se ouvia a flauta desse Azulão. Um papagaio, surpreso de ver o grande desprezo, do Azulão, que os desprezava, um dia em que ele cantava e um bando de tico-ticos numa algazarra o vaiava, lhe perguntou: "Azulão, olha, dize-me a razão por que, quando estás cantando e recebes uma vaia desses garotos joviais, tu continuas gorgeando e cada vez canta mais?!" Numas volatas sonoras, o Azulão lhe respondeu: "Caro Amigo! Eu prezo muito esta garganta sublime e esta voz maravilhosa… este dom que Deus me deu! Quando, há pouco, eu descantava, pensando não ser ouvido nestes matos por ninguém, um Sabiá*, que me escutava, num capoeirão, escondido, gritou de lá: — meu colega, bravos! Bravos… muito bem! Pergunto agora a você: quem foi um dia aplaudido pelo príncipe dos cantos de celestes harmonias, (irmão de Gonçalves Dias, um dos cantores mais ricos…) — que caso pode fazer das vaias dos tico-ticos?" * Nota do editor: Simbolicamente, Rui Barbosa está representado neste Sabiá, pois foi a "Aguia de Haia" um dos maiores admiradores de Catulo e prefaciador do seu livro Poemas bravios. (Poemas escolhidos, s/d.) (VNSP_2015_Q12_SUP) (VNSP_2015_Q12) Ante as vaias dos tico-ticos e outras aves, o Azulão torna ainda mais perfeita sua canção. Com isso, revela uma atitude de autoconfiança. rancor. ingenuidade. ignorância. revolta.
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Resposta:
Autoconfiança
Explicação:
Porque a todo momento ele se orgulha e elogia ele mesmo
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