O avanço dos estudos genéticos permitiu que cientistas identificassem genes relacionados a alguns tipos de câncer que são transmitidos de pais para filhos. É o caso, por exemplo, do gene BRCA1, localizado no cromossomo de número 17, e do gene BRCA2, localizado no cromossomo de número 13.
Normalmente, esses atuam no organismo humano como supressores tumorais. Isso significa que eles regulam a proliferação das células, impedindo que tumores se desenvolvam. No entanto, alterações nesses genes podem prejudicar sua atuação, impedindo a realização adequada de suas funções, resultando no desenvolvimento de alguns tipos de câncer. Entre eles, o câncer de mama.
Estudos recentes sugerem que mulheres que apresentam alterações no gene BRCA1 tem um risco de 50% a 80% de desenvolvimento de câncer de mama até os 70 anos de idade. O risco para mulheres com alterações no gene BRCA2 é semelhante, no entanto aparecimento do problema ocorre em idade mais avançada. Nas mulheres, alterações nesses genes também podem levar ao desenvolvimento de câncer de ovário.
Nos homens, alterações no gene BRCA1 podem levar ao desenvolvimento do câncer de próstata, enquanto alterações no gene BRCA2 aumentam o risco de desenvolvimento do câncer de mama.
Atualmente existem testes genéticos que podem ser feitos para a detecção de alterações nesses genes. As pessoas indicadas para a realização do teste são aquelas com o histórico familiar de parentes de primeira, segunda e até terceira gerações com o câncer de mama em mulheres, mas casos diagnosticados antes dos 50 anos de idade, câncer de ovário, câncer de mama em homens entre outros critérios.
Quando os testes genéticos detectam uma alteração nesses genes em uma pessoa, é importante que seus familiares de primeiro grau também se submetem aos testes, como medida preventiva.
Os indivíduos que apresentam nesses genes (BRCA1 ou BRCA2) capazes de levar ao desenvolvimento de câncer podem se beneficiar de estratégias que reduzam esse risco. Algumas dessas estratégias envolvem intervenções cirúrgicas, como mastectomia, que consiste na remoção de regiões da mama, e a ooforectomia, que consiste na remoção de um ovário ou de ambos. Estes procedimentos cirúrgicos reduzem as chances de se desenvolver os respectivos tipos de câncer.
A atriz Angelina Jolie optou por realizar ambas as cirurgias, depois que detectou uma alteração no gene BRCA1. Em 2013, a atriz se submeteu à mastectomia de ambas as mamas, e, em 2015, retirou os dois ovários. Leia o que a atriz disse diante da situação.
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´´Eu queria escrever isso para contar a outras mulheres que a decisão de fazer uma mastectomia não foi fácil. Mas estou muito feliz de tê-la tomado``, diz Angelina. ´´Minhas chances de desenvolver câncer de mama caíram 87% para 5%. Posso dizer aos meus filhos que eles não precisam ter medo de me perder para o câncer de mama``, afirma.
1°) Explique, de forma resumida, o que é dito no texto a respeito da relação entre genes e o desenvolvimento de cânceres.
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Pessoas com uma alteração genética herdada têm 50% de chance de passar a mutação para cada um dos seus filhos. Essas alterações podem aumentar o risco de câncer, mas não aumentam o risco para cada tipo de câncer, e nem todas as pessoas que nascem com uma alteração num gene desenvolverão a doença. A comunidade científica utiliza o termo susceptibilidade genética para descrever o risco aumentado para câncer em pessoas com uma mutação hereditária.
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