O artista plástico chinês Ai Weiwei, opositor do regime comunista no país, foi preso em 2011 por criticar o governo. Seus trabalhos e seu ativismo social o levaram a ser considerado nos últimos anos um dos mais influentes artistas do mundo. Nessa sequência de fotografias, ele questiona a apropriação e a usurpação da arte chinesa por um governo totalitário: Ai Weiwei deixa cair um vaso, símbolo da cultura milenar chinesa.
• Analise a manifestação do artista e faça um paralelo entre a arte e a política, nas suas mais variadas dimensões. Compare a posição de Ai Weiwei com a de outros artistas em outros países e/ou em diversos momentos. Em relação à nossa realidade, houve em algum momento da história do Brasil a apropriação da cultura do país por regimes totalitários?
Soluções para a tarefa
Olá!
Arte e Política sempre estarão intimamente ligados. Um é expressão máxima da cultura de um povo, o outro é condição para o exercício de qualquer coisa dentro de um regime democrático.
Como Ai Weiwei, tivemos Picasso, com suas obras em oposição aos conflitos bélicos, o mais famoso sendo Guernica, em que o próprio autor intitula “Uma guerra contra a guerra”.
Isso para falarmos apenas nas artes plásticas. Quando entramos em outros tipos de arte, temos uma gama ainda maior, como John Lennon na música, que também traça um paralelo em relação a guerra.
Em relação ao Brasil, durante o período de 1964 até 1988, vivemos em período totalitário, inclusive com perda de importantes direitos civis, e a instauração da censura. Desta maneira, a arte ficava parcialmente impedida de cumprir seu papel social. Digo parcialmente, pois nossos artistas, de modo brilhante, driblavam a censura por diversas vezes.
Podemos citar Geraldo Vandré, que, após torturado, escreve “Para não dizer que não falei das flores”, como um dos expoentes máximos desta questão.