ENEM, perguntado por emanuellyvivi3609, 2 meses atrás

O artigo "Fatores Críticos Relacionados ao Empreendedorismo Feminino" (2020) traz uma análise sobre consistências dos fatores críticos associados a dinâmica do empreendedorismo feminino no Brasil, que tem sido objeto de inúmeras pesquisas internacionalmente. ​MOREIRA RODRIGUES, Ariele Silva; SANTIAGO GASPAR, Luisa Cavalcanti; REZENDE RODRIGUES, Danielle. Fatores Críticos Relacionados ao Empreendedorismo Feminino. Espacio Abierto. Espacio Abierto, [S. L. ], v. 30, n. 1, p. 75-96, 24 nov. 2020. Disponível em:. Acesso em: 13/09/2021 A este respeito, analise as assertivas abaixo: I. A consolidação de uma estrutura institucional que apoie o empreendedorismo feminino, como a criação de diretivas para viabilizar linhas de financiamentos especiais, campanhas pró formalização de negócios, e a criação de núcleos de suporte para capacitação profissional se faz necessária. POR QUE II. O Brasil carece de ações do poder público que visam a atenção especial voltada para a promoção da mulher empreendedora, nos moldes dos protocolos adotados em países-membros da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento). ​A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. Alternativas Alternativa 1: As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II é uma justificativa correta da I. Alternativa 2: As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. Alternativa 3: A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa. Alternativa 4: A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira. Alternativa 5: As asserções I e II são proposições falsas.

Soluções para a tarefa

Respondido por Usuário anônimo
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Resposta:

Alternativa 1

Explicação:

Empreendedorismo Feminino no Brasil

No contexto brasileiro, a mulher ingressou no mercado de trabalho mais intensamente a partir da década de 1970. Em meados de 1980, o sexo feminino ganha maior visibilidade dentro do movimento sindical devido a criação do Comissão Nacional da Mulher Trabalhadora na Central Única dos Trabalhadores (CUT). O avanço dos direitos e do protagonismo feminino se torna ainda mais proeminente em 1988, quando a Constituição Federal passa a garantir a igualdade jurídica das mulheres, fazendo com que elas sejam consideradas tão capacitadas quanto os homens (Amorim e Batista, 2010). Desde então, o empreendedorismo tem se mostrado uma alternativa importante para a mulher brasileira.

Como já foi apontado, desde à sua primeira pesquisa realizada no Brasil, em 2000, o programa GEM mostra que o país se destaca no ranking de maiores empreendedores mundiais e que as mulheres assumem um papel significativo nesse processo. Em 2018, por exemplo, o Brasil teve a sétima maior proporção de mulheres entre os Empreendedores Iniciais (GEM, 2018). A participação crescente das mulheres na economia brasileira é também destacada em pesquisa realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE, que registrou um crescimento médio de ocupação de 2,1% ao ano, chegando a 40,7 milhões de mulheres ocupadas em 2012 (Sebrae, 2014). Em 2018, as mulheres “donas de negócios” já respondiam por 34% de próprio negócio no Brasil. (Sebrae, 2018).

Esse aumento da participação das mulheres empreendedoras, em muitos casos, não esteve vinculado à uma ação profissional formalizada, e ainda com pouca ou nenhuma orientação de gestão, minimizando a possibilidade de empoderamento, mas presente e em busca de crescimento, ponderou Natividade (2009). Conforme esse autor, as constatações feitas ainda encontram certa ressonância quando se analisam as iniciativas em políticas públicas específicas vigentes. De acordo com Costa, Azevedo e Souza (2012), as políticas públicas de estímulo ao empreendedorismo feminino são, de um lado, uma tentativa de construção de uma política sistêmica governamental de trabalho e renda e, de outro lado, uma institucionalização de políticas sociais setoriais e transversais, o que possibilita um maior envolvimento das mulheres. No entanto, identifica-se o desafio de incorporar a teoria de gênero na prática governamental, sobretudo aquelas em situação de maior vulnerabilidade, no que tangem às oportunidades econômicas.

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