- “O açúcar obtém-se do modo seguinte. O senhor de engenho arrenda as suas terras a diversos lavradores, com a condição de plantarem nelas cana-de-açúcar para entrega ao engenho, nas safras, de um determinado número de tarefas de cana. Cada tarefa representa o que um engenho pode moer em um dia e uma noite, isto é, em um engenho de bois entre 25 e 35 carros de cana e em um engenho d’água, entre quarenta e cinquenta carros. O lavrador obriga-se a plantar cana, com a ajuda ou não do senhor de engenho, conforme a condição do contrato.”VAN DER DUSSEN, Adriaan apud CABRAL DE MELLO, Evaldo. O Brasil Holandês (1630-1654). São Paulo: Penguin Classics. 2010, 284.O texto acima foi escrito por um holandês funcionário da Companhia das Índias Ocidentais em Pernambuco durante o Período Colonial, em um relatório para os seus superiores nos Países Baixos. Sobre a economia açucareira, relatada nesse documento, é correto afirmar que: * Como a demanda por açúcar nos mercados europeus nunca foi muito expressiva, as lavouras de cana-de-açúcar brasileiras sempre perderam em importância para os cultivos de mandioca e milho. Pernambuco era a única dentre as capitanias brasileiras que contava com engenhos para moer cana-de-açúcar. Portanto, era o único lugar no qual existia uma elite de senhores de engenho. Todas as pessoas que trabalhavam para os senhores de engenho e lavradores de cana eram livres, contratadas e podiam escolher para quem trabalhariam, fossem europeias, africanas ou indígenas. Os engenhos e as lavouras de cana-de-açúcar foram abandonados em todo o Brasil quando os holandeses foram expulsos de Pernambuco e passaram a investir na indústria açucareira do Caribe.
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tô meio dos navios e Caravelas
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