O absolutismo foi um sistema político e administrativo que prevaleceu nos países da Europa, na época do Antigo Regime. Teve inicio no século XVI (1501-1600) com a concentração do poder nas mãos do monarca (rei) com o apoio da burguesia, dos nobres e da Igreja Católica. Durante o período da Idade Média, o poder dos reis não era tão forte, pois, organizada em feudos, o poder ficava nas mãos dos senhores feudais que determinava as regras, o trabalho, os impostos e as moedas dentro do seu feudo. Com as mudanças ocorridas a partir do século X (901- 1000), como o crescimento dos burgos (cidades) e o aumento do comércio, houve o enfraquecimento dos feudos e também dos senhores feudais, dando espaço para o fortalecimento dos reis. Os reis contaram com o apoio de diferentes grupos sociais nos processos de centralização do poder em suas mãos. A burguesia (comerciantes e banqueiros) apoiou os reis, pois, interessava a ela, um governo forte e capaz de organizar a sociedade. Portanto forneceu apoio político e financeiro aos reis absolutistas, que em troca, criaram um sistema administrativo, unificando moedas e impostos e também ofereceram aos burgueses, significativas melhorias na segurança dentro de seus reinos. A nobreza apoiou o poder do rei a fim de controlar as revoltas camponesas e manter seus privilégios. Já o clero (membros da Igreja), também admirarou este movimento, pois era uma forma de continuar a não pagar os impostos, que correspondia à Igreja. Aos poucos os reis foram se tornado o centro político de seus territórios dando início ao que chamamos Monarquia Absolutista. Neste sistema o rei passou a concentrar praticamente todos os poderes: criava leis sem autorização ou aprovação política da sociedade, criava impostos, taxas e obrigações de acordo com seus interesses econômicos, agia em assuntos religiosos, chegando até mesmo, a controlar o clero em algumas regiões.
Todos os luxos e gastos da corte eram mantidos pelos impostos e taxas pagos,
principalmente, pela população mais pobre, que tinha pouco poder político para exigir ou
negociar. Os reis usavam a força e a violência de seus exércitos para reprimir, prender ou
até mesmo matar qualquer pessoa que fosse contrária aos interesses ou leis definidas por
eles.
Durante o absolutismo, o Estado (rei) interviu na economia, adotando a política
econômica do mercantilismo. O objetivo da monarquia com o mercantilismo era alcançar o
máximo possível de desenvolvimento econômico, através do acúmulo de riquezas. Assim,
estimulou o desenvolvimento da indústria local, fortalecendo o comércio interno e
implantando os impostos alfandegários. A finalidade era reduzir a necessidade de
importação e evitar a saída de capital, por isso unificaram a moeda e escolheram um idioma
oficial.
As principais características do modelo econômico chamado Mercantilismo são:
• Metalismo: acúmulo de metais preciosos. Quanto mais metais (ouro e
prata) tivessem, mais rica seria a nação e o rei
• Industrialização: incentivando a produção na nação diminuiria a
necessidade de comprar produtos de outros países
• Protecionismo alfandegário: criaram-se impostos para os produtos que
vinham de outros países
• Pacto colonial: os territórios conquistados (colônias) só podiam
comercializar com suas metrópoles (dominadores)
• Balança comercial favorável: para tornarem-se cada vez mais ricos, os
países tinham que vender seus produtos (exportar) mais do que
comprar de outros países (importar)
O poder absoluto dos reis também contava com teorias que o defendiam.
Um dos principais teóricos defensores do absolutismo foi Nicolau Maquiavel.
Ele era defensor do Estado e dos soberanos, e defendia a utilização de todos
os meios para garantir o sucesso e continuidade do seu poder. Maquiavel dizia
que era mais importante que um rei fosse temido do que amado. Em seu livro
O Príncipe, ele justificou o uso da violência como manutenção do controle.
Jacques Bossuet também justificou o absolutismo em seus estudos,
porém ele associou o regime ao poder de Deus. Para ele, o rei era um
representante de Deus na terra e suas atitudes não deveriam ser contestadas,
pois seria a mesma coisa que contestar o próprio Deus.
Thomas Hobbes também defendeu o absolutismo em seu livro Leviatã.
Para ele, o poder real era necessário para colocar ordem no mundo. Hobbes
acreditava que os homens se uniram em um contrato social e atribuíram
poderes a um soberano para protegê-los, pois antes do poder absoluto do rei, a
Europa vivia em um estado de caos.
Você considera que o governo dos reis absolutistas eram governos justos?
Copie do texto um trecho que justifique sua resposta.
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Resposta:
Não. Os reis usavam a força e a violência de seus exércitos para reprimir, prender ou
até mesmo matar qualquer pessoa que fosse contrária aos interesses ou leis definidas por
eles.
Explicação:
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