Biologia, perguntado por netinhosouzap, 6 meses atrás

Numa das estradas existe uma quantidade de células diferenciadas, cada uma com sua função específica, que fica circulando na corrente sanguínea, com o objetivo de identificar e combater alguns microrganismos invasores que conseguem entrar no nosso corpo, você sabe quais são essas células?​

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Respondido por eduardadeoliveirarui
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Resposta:

Radicais livres não são os compostos mais populares. Propagandas de cosméticos e dicas sobre dieta e nutrição trazem antioxidantes como a solução deste “problema”, ligado a doenças e envelhecimento. Embora seu acúmulo, de fato, faça mal à nossa saúde, os radicais livres têm uma ação fundamental na defesa contra infecções.

Esse processo será explicado pela professora do Instituto de Química (IQ) da USP, Flávia Meotti, no próximo evento promovido pelo Química é Vida. A apresentação será neste sábado, dia 15 de junho, às 10 horas, na Biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo.

A professora do Instituto de Química, Flávia Carla Meotti – Foto: Cecília Bastos/USP Imagens

Quando organismos invasores, como vírus e bactérias, se alojam em algum tecido do corpo – como o pulmão, por exemplo – as células de defesa residentes no mesmo tecido sabem que precisam agir. Esse processo “chama” células de defesa do sangue, os leucócitos, para a região infectada. É por isso que os exames de sangue incluem a contagem dos número de leucócitos – se a quantidade for muito grande, provavelmente o corpo enfrenta alguma infecção.

Todas essas células de defesa, do sangue e do tecido infeccionado, trabalham contra o invasor. Flávia menciona, neste contexto, um importante processo que faz parte de seus estudos, a fagocitose. É quando a célula de defesa do corpo engloba o invasor dentro dela mesma para matá-lo sem prejudicar nosso corpo. O processo, no entanto, tem um custo alto: a morte da célula logo em seguida. Por isso, leucócitos são chamados de “kamikazes”, que se sacrificam pelo organismo.

Neste processo de eliminar corpos estranhos, entram também os radicais livres. As células de defesa liberam estas moléculas muito reativas contendo oxigênio – as “armas bioquímicas”, compara Flávia. São componentes tóxicos que reagem rapidamente com outras moléculas e atacam os micro-organismos dentro do corpo celular.

“As células liberam de radicais livres até cândida”, diz. Mas tudo isso acontece dentro da membrana da célula e faz parte da fagocitose. Ou seja, o corpo produz compostos semelhantes a produtos de limpeza, mas sem risco à saúde.

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