História, perguntado por sthefani5849, 1 ano atrás

Nos últimos 20 anos vários pesquisadores vêm sugerindo que a ocupação da América seria mais antiga, mas, há pouco tempo, surgiram provas convincentes. Entre elas está Luzia, cujos estudos trouxeram ainda outras novidades.
No município de Pedro Leopoldo, região de Lagoa Santa, Minas Gerais, um grupo de arqueólogos brasileiros e franceses encontrou, em 1975, partes de um esqueleto em uma gruta chamada Lapa Vermelha IV. As informações iniciais sugeriam que o esqueleto (de uma mulher entre 20 e 25 anos de idade – Luzia) deveria ser muito antigo, mas naquela época não foi possível datar com precisão o material. […] Só a partir das pesquisas feitas [por] Walter Neves, da Universidade de São Paulo, Luzia teve sua idade revelada. O resultado foi surpreendente: ela tinha vivido em Minas Gerais há 11 500 anos! Essa data, junto com outros vestígios de populações pré-históricas que teriam vivido há mais de 11 000 anos nas Américas do Sul e do Norte, revelou que o povoamento do nosso continente ocorreu antes do que se pensava. Apesar de existir muita discussão sobre o tempo necessário para que todo o continente tenha sido ocupado, a presença de humanos na América do Sul há 11 500 anos indica que os primeiros migrantes teriam chegado no continente americano há pelo menos 14 000 ou 15 000 anos.
Hoje, muitos cientistas já admitem que a primeira migra- ção deva ter ocorrido entre 15 000 e 20 000 anos. Mas há pesquisadores que admitem até 50 000 anos! Os dados que existem ainda não são suficientes para que possamos chegar a uma conclusão.
(RODRIGUES, C. Luzia. Ciência Hoje das Crianças, SBPC, n. 102, maio 2000).

O texto sobre descobertas arqueológicas no atual território brasileiro revela que:

a) existe uma pré-história na América do Sul.
b) assim como em outras áreas do conhecimento histórico, uma nova descoberta permite novas interpretações sobre o passado.
c) a datação de Luzia permitiu retroceder a época da presença humana no continente americano.
d) o conhecimento sobre o passado remoto não tem base científica e por isso as datas podem apresentar enormes diferenças.

Soluções para a tarefa

Respondido por negrusmagister
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É certo que, apesar do rebuliço desde a reconstituição da face de Luzia em 1999, com base apenas no crânio e em outros indícios do terreno, o mundo científico não considera rigorosas as datações que cada especialista apresenta, indo de 10 000 a 14 000 anos, ou de 20 000 até 50 000 de nosso momento arqueológico. Por isso, o texto revela que essas datas de migrações apresentam diferenças irreconciliáveis.
A alternativa que expõe essa problemática é a da letra "d".
Respondido por Maisabicalho
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Resposta:

Resposta b.

Explicação:

a) Essa está certa, existe pré-história brasileira, entretanto o texto sobre descobertas arqueológicas no atual território brasileiro não "revela" essa obviedade, já que ele pega esse tema, que espera que as pessoas já saibam, e revela outra coisa.

b) Sim, assim como em outras áreas do conhecimento histórico, uma nova descoberta permite novas interpretações sobre o passado. A cada pequenas descobertas são novas histórias. Segundo Walter Neves, em vídeo ao canal USP, quando ele começou a trabalhar com arqueologia havia como contar uma história mais ou menos homogênea sobre a pré-história pela escassez de fontes, mas no decorrer do tempo com novos indícios encontrados como a fogueira no sítio arqueológica do Boqueirão da Pedra Furada, o sítio de Lagoa Santa e o sítio da Toca da Esperança, por exemplo, são novas hipóteses e várias interpretações de uma mesmo fato, o que, segundo o estudioso, fica quase impossível tecer uma história única.

c) Também fala sobre isso, mas não é o foco do texto, pois cita outros achados que também permite retroceder a época da presença humana no território brasileiro. "Mas há pesquisadores que admitem até 50 000 anos!" Essa data não é graças a Luzia, mas sim a fogueira e pedras lascadas de um sítio no Piauí.

d) o conhecimento sobre o passado remoto tem base científica, como datação por carbono 14, análises de DNA e estratigrafia. E as datas podem apresentar enormes diferenças pelas diferentes descobertas, são muitas novas evidencias encontradas e em lugares diferentes, isso gera diferentes datas.

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