Nos dias atuais existem variações
de hábitos e costumes entre classes
sociais diferentes, como as observadas
e analisadas anteriormente? Pensem
de que maneira as vestimentas podem
ser Relacionadas com as distinções
sociais e explique seu ponto de vista.
R:
Observe sua resposta da quest
número dois, anote abaixo as palavras
que se destacaram na resposta e faça
um ou mais memes com essas
expressões e faça o Upload do arquivo
do seu meme logo abaixo, ou
encaminhe uma foto do mesmo na
própria sala de aula.
R:
Soluções para a tarefa
Resposta:A classe social tem importância?
Por que a classe social deveria ter importância?
A preocupação com a classe na teoria e na análise dos movimentos sociais parece suscitar antigas questões que foram ultrapassadas pela evolução da sociedade moderna. A classe não cumpre mais um papel nos discursos diagnósticos sobre as sociedades modernas avançadas. Tornou-se até elegante fazer diagnósticos críticos das sociedades modernas além e contra o discurso em termos de classe. A queda dos regimes comunistas e a ascensão do nacionalismo deram um ímpeto adicional a argumentos em favor da obsolescência da análise de classe para as sociedades modernas. A classe tem a ver com a sociedade industrial e suas ideologias, e como essas sociedades e suas ideologias não mais existem, deveríamos nos livrar das velhas concepções e ferramentas analíticas usadas para entender a sociedade moderna.
Seguimos uma estratégia que é completamente oposta. Estamos interessados em saber em que medida os novos movimentos sociais são indicadores de novas e profundas divisões ou antagonismos sociais na sociedade moderna. Os novos movimentos sociais foram louvados por introduzirem novas questões, serem portadores de um novo paradigma de existência social e apontarem para novas divisões nas sociedades modernas além das religiosas e étnicas tradicionais. As novas divisões introduzidas por esses grupos são então percebidas como substitutas da antiga divisão baseada na classe, a divisão entre capital e trabalho. Esse argumento normalmente implica que, com a institucionalização do conflito de classe, a noção de classe não mais se aplica.
Este argumento confunde explicação histórica e explicação estrutural. O argumento histórico da institucionalização pode ser verdadeiro, mas isso não implica necessariamente que temos de aceitar o argumento estrutural. Pode ser que o conflito de classe industrial não mais domine os conflitos de classe. Aceitamos até a idéia de que esteja diminuindo a importância desse tipo de conflito de classe, mas argumentaremos contra a idéia de que o conflito de classe está tendendo a desaparecer com o desaparecimento de sua primeira corporificação: o conflito de classe organizado em torno da contradição entre capital e trabalho.1
Por que então mantemos a classe como um elemento estrutural na explicação dos movimentos sociais? A opção teórica e conceitual pelo conceito de classe tem a ver com o modo como a sociedade moderna é organizada. Ao analisar as arenas dos movimentos sociais em sociedades baseadas numa cultura igualitária e libertária, restam duas arenas: direitos políticos e relações industriais. Analisamos então ou a luta pela extensão de direitos universais ou a luta entre classes de pessoas cujos interesses, normas e valores são incomensuráveis. A lógica dos direitos políticos é a inclusão universal de todo ser humano em estruturas que garantam esses direitos; a lógica das relações industriais é relacionar umas às outras classes antagônicas de pessoas. Qual das duas é a escolhida ao se constituir a ação coletiva é algo que varia empiricamente. O movimento operário combinava os dois aspectos; se os novos movimentos sociais também o fazem, ou se eles são predominantemente ações coletivas do primeiro tipo, é também uma questão empírica. Assumimos que, como o velho movimento, os novos movimentos sociais contêm ambos os elementos. Eles são movimentos que lutam por mais justiça, por mais direitos e liberdade, e são simultaneamente movimentos que opõem categorias de pessoas a outras categorias,2 criando assim uma arena de conflito sobre questões nas quais os ganhos de alguns são necessariamente casados com as perdas de outros.3 Portanto, a fundamentação para a persistência no conceito de classe tem a ver, primeiro, com a suposição de que os novos movimentos sociais não podem ser reduzidos a movimentos que demandam inclusão universal. Queremos descobrir se esses movimentos (definidos como movimentos-questão) revelam que em uma questão estão em jogo interesses, normas e valores antagônicos e até incomensuráveis. A segunda fundamentação é que queremos conceituar os novos movimentos sociais de um modo que não exclua de antemão a possibilidade de eles serem parte de novos antagonismos sociais emergentes.
Espero ter ajudado
Explicação: