Nomes de pintores que pintam ao ar livre
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Pablo Picasso, tarsila do Amaral, George seurat, Paul klee, van gogh
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PINTURA AO AR LIVRE

JOAQUIN SOROLLA Y BASTIDA - Maria pintando ao ar livre
Óleo sobre tela - 80 x 106 - Coleção particular
A prática da pintura ao ar livre, que no termo francês recebe a designação de plein air, é relativamente antiga. Alguns apontamentos são identificados desde meados do século XVIII, mas é só na metade do século XIX em diante que a prática ganha força e vários adeptos. Essa popularização nesse período deve-se principalmente às primeiras confecções dos tubos de tinta à óleo, que já traziam o pigmento manipulado de fábrica, com várias opções de cores. Isso foi um feito inédito, pois antes cada artista tinha que moer e manipular o seu próprio pigmento e confeccionar a sua própria tinta. A criação do cavalete de campo, pelos franceses, foi outro importante passo para que o movimento ganhasse ainda mais força. Portáteis, com pernas telescópicas e compartimentos para alojar tintas e pincéis, eram ideais para trilhas em campos e montanhas. Também na cidade eram muito versáteis, podendo ser alojados em qualquer canto da casa, sem que ocupassem os grandes espaços dos cavaletes tradicionais de ateliê.

JOHN SINGER SARGENT - O artista pintando - Óleo sobre tela - 1922
Deve-se principalmente aos integrantes da Escola de Barbizon, na França, o gosto por essa atividade que extrapolava os limites do ateliê, indo buscar as fontes de inspiração diretamente da natureza. Essa escola naturalista e realista também apontava em seus esboços a rotina diária dos moradores de áreas rurais. Tais estudos influenciaram, e muito, um outro grupo que ficaria intimamente ligado à prática da pintura ao ar livre, os impressionistas. É praticamente impossível desvincular os impressionistas da pintura em ambiente aberto. E não ficavam restritos apenas às paisagens rurais, captavam também as cenas urbanas, com todo o seu movimento e dinamismo. Outra escola que utilizava bastante do recurso era a Escola de Newlyn, na Inglaterra, com importantes aquarelistas.

ALFRED SMITH - A aquarelista - Óleo sobre tela - 100 x 73 - 1890
Na prática da pintura ao ar livre o artista tenta capturar uma impressão imediata daquilo que o olho vê, e não aquilo que ele sabe pelos conceitos que adquiriu nos estudos em locais fechados. Ali, no ambiente externo, é possível ver como a luz se alterna em momentos diferentes do dia, e como essa alternância influi diretamente no resultado de suas observações. A luz, o principal elemento perseguido nessa prática, é quem dita as normas, quem mostra ao artista as tantas variações brilhantes e todos os efeitos que ela proporciona. Por isso, pintar externamente é uma prática completamente especial em relação a todas as outras, ela desafia os artistas a se concentrarem unicamente naquilo que está a sua frente. Visão, audição e até mesmo o olfato criam todo o clima que deixarão o artista em sintonia com aquilo que irá representar em sua obra. John Constable, um pintor inglês, afirmava que cada artista deve esquecer as fórmulas que aprendeu e confiar mais em seus sentidos. Entrar em sintonia com a natureza e deixar que sua obra seja um fruto dessa comunhão. Ele ainda afirmou: “O paisagista deve andar pelos campos com uma mente humilde. A nenhum homem arrogante jamais foi permitido ver a Natureza em toda a sua beleza”.

JOSÉ MALHOA - Os colegas - Óleo sobre tela - 43 x 52,5 - 1905
Nomes como dos impressionistas franceses Monet, Pisarro e Renoir, eram defensores irrestritos da prática do plein air. Conseguiram adeptos em diversas outras partes do mundo, como os russos Vasily Polenov, Isaac Levitan, Valentin Serov e Konstantin Korovin, além de nomes importantes como os americanos Guy Rose, John Singer Sargent, Childe Hassam, William Merrit Chase, Winslow Homer e Edmund Tarbell. Não esquecer de nome importante como o espanhol Sorolla.

ALFREDO KEIL - Paisagem de Colares - Óleo sobre madeira
No início do século XX, a prática da pintura ao ar livre ainda teria muitos adeptos. Porém, com o grande advento de movimentos modernistas, que utilizavam cada vez mais da produção de obras em grandes dimensões, geralmente produzidas e elaboradas em ateliê, a prática do plein air foi perdendo forças até voltar a tomar novo impulso à partir da década de 1980, principalmente entre os pintores americanos. Hoje, é uma prática amplamente difundida, com um número de adeptos que não para de crescer em todas as partes. Certamente continuará a desafiar os melhores artistas do mundo.

Juliana Limeira e Vinícius pintando na Serra do Luar, em Dionísio/MG
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