Psicologia, perguntado por ingridbras54, 11 meses atrás

“No último domingo (11), uma ação policial expulsou os usuários de crack que se aglomeravam na Praça Princesa Isabel, uma região central da cidade de São Paulo. Àquela altura, pelas contas da Guarda Civil Metropolitana, eles eram quase 600. A dispersão durou pouco. Horas depois, quando a prefeitura terminara a limpeza da praça – e mandara para o lixo as barracas de lona e móveis precários que tomavam o lugar –, seus ocupantes voltaram. A ação do último domingo é um novo capítulo de um debate que se tornou incômodo para a administração João Doria. Em maio, uma primeira ação na região acabara de modo dramático, com a dispersão dos dependentes para a Praça Princesa Isabel e com demolições de construções na região que deixaram feridos. Dória chegou a dizer que a cracolândia tinha acabado. Estava enganado. A atuação da prefeitura foi criticada mesmo por membros do PSDB, o partido do prefeito. Depois da primeira ação, em maio, a secretária de Direitos Humanos da prefeitura pediu demissão do cargo. O embate opõe duas visões sobre como tratar a questão das drogas no país. Há evidências de que a internação compulsória é mais eficiente que a redução de danos (a ideia que orientava o programa de saúde da gestão anterior)?” Fonte: CISCATI, R.; BUSCATO, M. Cracolândia: internar à força resolve? Publicado por Época em 14/06/2017, às 16h24, atualizado em 15/06/2017 às 17h46. Disponível em: https://epoca.globo.com/saude/check-up/noticia/2017/06/cracolandia-internar-forca-resolve.html, acesso em 31/05/2018. Caso você estivesse atuando como um profissional da psicologia, de acordo com as referências técnicas para a atuação de psicólogas (os) em políticas públicas de álcool e outras drogas, considere as assertivas abaixo: I. Caso não encontrassem um membro da família que pudesse se responsabilizar pela pessoa, você persuadiria os usuários a serem internados. Nos casos de recusa, você faria a internação de modo compulsório, em função desta ser a melhor alternativa em caso de usuários em situação de rua. II. Você buscaria colocar em prática ações que evidenciassem que qualquer uso de substância lícita ou ilícita é patológica e deve ser alvo da saúde pública, evitando, dessa forma, a estigmatização dos/as usuários/as e recomendando a internação em qualquer situação de drogadição. III. Proporia para um processo de recuperação mais efetivo de usuários de álcool e drogas internados, a criação de alternativas inovadoras no cuidado, por exemplo a indução à convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas e religiosas que possam promover maior adesão da pessoa ao tratamento. IV. Ponderaria em suas ações à igualdade de direitos de acesso à saúde, preconizada nas atuais legislações; levando ainda em consideração a diversidade das origens dos adoecimentos e das situações enfrentadas pelos usuários e, por fim, as singularidades das vivências e das histórias individuais, entendendo a necessidade de ações que levem em conta tais idiossincrasias. É correto o que se afirma em: a. II, III e IV. b. I, II, III e IV. c. Apenas IV. d. II e IV. e. I, II e III.

Soluções para a tarefa

Respondido por Matheusieti
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Olá!

I. Incorreto.

É Importante que a família esteja atenta e concorde com a internação do indivíduo, e, a medida compulsória nunca será a melhor alternativa, pois cuidar o problema é analisar o caso e observar a necessidade de internação.

II. Correto.

III. Correto.

IV. Correto.

Por fim, é importante lembrar que as questões acerca da dependência química devem ser tratados como problemas de saúde e não apenas com preconceito e segurança pública.

Até mais!

Respondido por taimorares
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Resposta:

c. Apenas IV

Explicação:

criar  alternativas  inovadoras  de  cuidado  ao  usuário  exige  um conhecimento  aprofundado  de  sua  história  de   vida,  dos  gatilhos determinantes de  sua entrada  e  imersão no uso  abusivo de  drogas, de  suas relações  familiares,  das relações  que estabelece  com seus pares  e  com  as  demais  pessoas  que  integram  seu  m undo,  das relações  com  sua  comunidade  de  origem  e  das  relações  com  a sociedade  em  geral.   [...]  Muitas instituições voltadas  para  os  casos de  abuso  e  dependência  da s  substâncias  psicoativas  incentivam práticas  de  imposição  de  credo  como  recurso  de  tratam ento  para atingir  a  abstinência.  Esse  tipo  de  prática  social,  no  entanto,  é incompatível n ão só com o Código de Ética da (o) psicóloga (o), mas também  com  o s  princípios  das  políticas  públicas  e  o  caráter republicano  e  laico  d o  Estado  brasileiro.As  atuais  ações  de “recolhimento  compulsório”  da  população  e m  situação  de  rua, apresentados na mídia como u suários de crack, e a banalização das internações  compulsórias  ou  involuntárias  d e  crianças  e adolescentes em diversas cidades brasileiras, evidenciam um grave retrocesso  para  as  políticas  públicas,  tão  arduamente  conquistadas e  que  apostam  na  integralidade  do  cuidado  e  na  intersetorialidade das ações para a s pessoas que fazem uso de álcool e outras drogas. As  (os)  psicólogas  (os),  então,  na   sua  atuação,  podem  colaborar para  desnaturalizar  a s  práticas  de  violência  e  de  tutela  que historicamente  foram  associadas  às  pessoas  que  fazem  uso  de álcool  e  outras  drogas.  [...]As  substâncias  psicoativas, principalmente  as considerada s ilícitas, sã o usualmente a ssociadas à  violência,  criminalidade,  doença  e  à  morte.  Muitas  das  práticas sociais  relacionadas  com  as  drogas  n ão  podem,  no  entanto,  ser consideradas “ab usivas” ou m esmo “compulsivas”.  Esses conceitos que  remetem  ao  q uadro  das  chamadas  “toxicoman ias”  ou  da “dependência  química”  são  parte  de  uma  parcela  p equena comparada  aos  u sos  controlados  e  ocasionais  dessas  substâncias. Certamente,  os  usos  considerados  danosos  e  prejudiciais necessitam  de  cuidados,  mas  não  se  pode  confund ir  de  modo deliberado  e  reduzir  os  variados  modos  de   relação  com  as substâncias  psicoativas  à  compulsão  e  à  “dependência  física  ou psíquica”  (NERY  FILHO,  2009).Fonte:  CFP  -  Conselho  Federal  de Psicologia.  Refe rências  Técnicas  para  a  Atuação  de  Psicólo gas/o s em Políticas Públicas de Álcool e Outras Drogas/. Conselho Federal de  Psicologia,  -  Brasília:  CFP,  2013.  88p.  

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