No texto um apólogo qual o espaço temporal??
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Se a base de todos os textos de caráter narrativo é o narrador, sem ele naturalmente não há estória, Machado de Assis (doravante MA) faz uso de um narrador que no princípio é onisciente: “Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:” (1º§).
Os leitores de Um Apólogo, no entanto, podem se deparar com elementos do tipo: “Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa” (16º§, grifos nossos), indicando aí uma participação ou, no mínimo, uma intromissão do foco narrativo.
Da mesma forma, acontece no penúltimo parágrafo (23º§, grifos nossos):“Contei esta história (...)”, e só então é percebido que a estória toda fora narrada a outra pessoa – um emblemático professor de melancolia –, tratando-se de uma mescla entre o que está sendo narrado no tempo psicológico (narração-onisciente) e no tempo cronológico (narração-participante ou intromissão do narrador).
Não bastasse essas inovações, MA faz uso de um narrador irônico, no pequeno trecho: “(...) entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a isto uma cor poética.” (16º§). Como crítico do romantismo que era na fase realista, Machado distrai os leitores com uma intromissão do narrador, citando a deusa grega, com seus cães caçadores, para criar uma imagem que representasse a costureira em ação, com a agulha e a linha. “Somente” para dar ao texto uma tonalidade poética, já que estava muito crua, muito fanfarrona, muito desgastada com o atrito das duas personagens principais até então. Ironia à parte, o fragmento também se configura como uma intromissão do narrador.
Bom dia amigo se estiver errado mim discupe
Os leitores de Um Apólogo, no entanto, podem se deparar com elementos do tipo: “Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa” (16º§, grifos nossos), indicando aí uma participação ou, no mínimo, uma intromissão do foco narrativo.
Da mesma forma, acontece no penúltimo parágrafo (23º§, grifos nossos):“Contei esta história (...)”, e só então é percebido que a estória toda fora narrada a outra pessoa – um emblemático professor de melancolia –, tratando-se de uma mescla entre o que está sendo narrado no tempo psicológico (narração-onisciente) e no tempo cronológico (narração-participante ou intromissão do narrador).
Não bastasse essas inovações, MA faz uso de um narrador irônico, no pequeno trecho: “(...) entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a isto uma cor poética.” (16º§). Como crítico do romantismo que era na fase realista, Machado distrai os leitores com uma intromissão do narrador, citando a deusa grega, com seus cães caçadores, para criar uma imagem que representasse a costureira em ação, com a agulha e a linha. “Somente” para dar ao texto uma tonalidade poética, já que estava muito crua, muito fanfarrona, muito desgastada com o atrito das duas personagens principais até então. Ironia à parte, o fragmento também se configura como uma intromissão do narrador.
Bom dia amigo se estiver errado mim discupe
marysilva00050:
Arrasou
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