No texto Racismo de Luís Fernando Veríssimo o patrão nega, o tempo todo, a existência do racismo apesar de
estar sendo racista. Faça uma relação entre a atitude do patrão e a ideia da democracia racial no Brasil. Reflita as
estratégias do "silenciamento" brasileiro em relação à afirmação da existência do racismo no Brasil, em forma de texto,
com no mínimo 30 linhas.
Soluções para a tarefa
O exercício é produção de texto
No texto racismo de Luís Fernando Veríssimo o patrão nega o racismo sendo racista, não há uma só frase que ele fale que não seja racista, mas isto é porque, segundo ele, não existe racismo no Brasil. Existe racismo no Brasil, velado, cínico, discreto, sem bandeira, mas ele está ao lado de todos nós. O importante é não falar sobre ele, pois, como diz o patrão, "no Brasil não existe racismo porque negro sabe onde é seu lugar".
Do mesmo modo que as mães criam os filhos para serem machistas as mães negras criaram seus filhos para se sentirem inferiores ao brancos, para aguentarem toda chacota feita a eles, todos os direitos que lhes foram negados, um espécie de tradição das senzalas. Obviamente houveram aqueles que se revoltaram e viraram mártires só isso. Somente agora, a geração que vem chegando de negros é que está começando a cobrar seus direitos, mas por muito tempo o negro se silenciou por ser negro e o próprio negro tinha preconceito contra o negro. Se um nascesse mais claro era uma alegria. Conheço uma africana, moradora do Brasil, que um dia eu lhe disse que a raça dela tinha mais força nas corridas e ela quis saber que raça. Eu disse negra. Então ela me disse que não era negra, que era mulata, que mulato não é negro. Pois bem, não perdi a oportunidade, para duas amigas que faziam parte do movimento negro contei a história. Elas se horrorizaram e disseram que iriam ter com a africana. O que achei muito bom, pois mulato sempre foi um termo pejorativo.
É inaceitável que exista racismo no Brasil, após a África nós somos o país mais afro do mundo, devido a enormidade de escravos - quase 6 milhões - que foram trazidos para cá. Em nenhum lugar chegou a nem a 10% disso. Se procurar bem, alguém tem uma bisavó, um bisavô negro. Eu branca de olho claro tenho um bisavô negro.
Mas ao negro foi dado o direito de ficar em silêncio, mesmo com o fim da escravidão ficou com a mordaça da senzala. Uma lei que aboliu a escravatura e criou a miséria não podia ter dado certo mesmo.
Agora, já passa da hora, os negros começaram a falar , a levar à justiça, mostrar pra todos "eu sou negro e tenho direitos iguais" a exigir respeito e cidadania. Tomara aumente bem o som das suas vozes e se quiserem uma emprestada eu dou a minha.
Saiba mais sobre produção de texto:
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Sucesso nos estudos!!!