No texto Oxóssi quem narra a história
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Resposta:
Livro destinado ao público infantil, Epé laiyé - terra viva (2009) narra a história de uma árvore que ganha pernas e vai lutar pela construção de um mundo que respeita o meio-ambiente. Em 2012, publicou o volume Opinião – uma reunião de crônicas selecionadas entre as que a iyalorixá publicou no jornal soteropolitano A Tarde. E, em 2014, um conjunto comentado de provérbios oriundos de diversas religiões – do candomblé ao hinduísmo – intitulado Abrindo a arca, ao todo o volume reúne 89 provérbios – idade de Mãe Stella no período da composição do impresso. Destaque-se ainda, a iniciativa da Animoteca, um ônibus-biblioteca, espaço de reflexão do Ilê Axé Opô Afonjá que percorre a capital baiana acolhendo leitores de todas as idades.
Iniciada na afro-religiosidade por Mãe Senhora em 12 de setembro de 1939, aos quatorze anos, Mãe Stella recebeu o orukó (nome) de Odé Kayodê. E, em 19 de março de 1976, foi escolhida para ser a quinta iyalorixá do Ilê Axé Opô Afonjá. A respeito de um dos seus primeiros contatos com o candomblé, Mãe Stella conta à sua biógrafa Vera Felicidade de Almeida Campos:
"Voltei para casa com a imagem de tia Aninha, imponente e misteriosa, que com um gesto meio mágico tirou uma fruta – uma maçã vermelha – de uma grande gamela que estava no altar de Xangô, e me entregou. Achei ótimo, esnobei meus irmãos, ainda mais quando me disseram: - “Só você ganhou a fruta do pé do santo...”. Não me saía da cabeça a imagem da ossi dagã. Só falava nela e, então, fui informada de que ossi dagã era o cargo que ela ocupava no axé. Um ano depois, voltei com minha tia Arcanja, a Sobalojú do Opô Afonjá, e Joaninha, companheira de todas as horas. Tia Aninha já tinha falecido e a ossi dagã reinava como iyalorixá do Axé Opô Afonjá." (2003).
De acordo com Muniz Sodré (2014), “Mãe Stella, dentro da tradição das ialaxés do Opô Afonjá, é uma intelectual orgânica da comunidade litúrgica, dando especial atenção a trabalhos acadêmicos que digam respeito ao culto, dialogando frequentemente com escritores, artistas e jornalistas.”
Engajada na luta pela afirmação e defesa da cultura do povo negro no Brasil, Mãe Stella recebeu diversas honrarias, dentre elas o Prêmio Jornalístico Estadão na condição de fomentadora cultural, em 2001; e os títulos de Doutor Honoris Causa da Universidade Federal da Bahia em 2005 e da Universidade do Estado da Bahia, em 2009, ao completar setenta anos de iniciação no Candomblé. Foi também agraciada com a Comenda Maria Quitéria, da Prefeitura de Salvador, com a Ordem do Cavaleiro, do Governo da Bahia e com a Ordem do Mérito Cultural do Ministério da Cultura. Além de ser eleita por unanimidade em 2013 para a Academia de Letras da Bahia, onde tomou posse da cadeira número 33 – já ocupada pelos escritores Castro Alves e Ubiratan Castro de Araújo.
Referências
Explicação: