No texto “E depois de Caliban? A história e os caminhos da literatura no Moçambique contemporâneo”, João Paulo Borges Coelho discute como a palavra escrita, matéria-prima da literatura, é um privilégio para poucas pessoas, já que as comunidades oriundas dos países africanos colonizados tinham culturas bastante diferentes da dos colonizadores e eram ágrafas: “Os caminhos que a literatura percorre são muitas vezes oníricos e aparentemente gratuitos, num contexto em que falta tantas vezes o essencial. O suporte da literatura é o papel e não a voz ou o corpo. Enfim, os preços a que a literatura surge nos localizados mercados urbanos estão apenas ao alcance de reduzidas elites. E, todavia, a literatura não deixa de exercer o seu fascínio, na África como noutros lugares, com a sua forma de olhar o mundo de novas maneiras.” (COLEHO, J. P. B. In: África-Brasil: caminhos da língua portuguesa. Organizadores Charlootte Galvez, Hélder GArmes e Fernando Rosa Ribeiro. Campinas: Editora da UNICAMP, 2009p. 57)
As reflexões que o trecho acima sugere coloca em perspectiva que:
I. Com a colonização de Portugal, os países africanos sofreram inúmeras violências e ficaram privados, muitas vezes, do “essencial” para a sobrevivência das comunidades.
II. A literatura nos países africanos de língua portuguesa era acessível, em sua origem, apenas às elites.
III. Por veicular visões de mundo particulares, a literatura se consolida mesmo quando o contexto histórico não lhe é favorável.
Estão corretas:
Escolha uma:
a. Apenas a I e a II
b. Apenas a I e III
c. Apenas a III
d. Todas as três asserções
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d. Todas as três asserções
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d- Todas as três asserções
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