No texto a seguir, o problema é falar certo demais. Veja:
Certo demais
Ela pediu:
— Carlinhos, me faz um favor?
— Claro.
— Não fala certo demais.
— O quê?
— Quando a gente estiver com a turma. Os pronomes, por exemplo. Você sempre coloca os pronomes no lugar certo. Fica esquisito. O pessoal repara.
— Os pronomes? Não posso usá-los corretamente?
— Está vendo? Usar eles. Usar eles!
O Carlinhos ficou tão confuso que, junto com a turma, não falou nem certo nem errado. Não falou nada. Até comentaram:
— Ó Carol, teu namorado é mudo? Ele ia dizer “Não, é que, falando, sentir-me-ia vexado”, mas se conteve a tempo. Depois, quando estavam sozinhos, a Carol agradeceu, com aquela voz que ele gostava:
— Comigo, você pode botar os pronomes onde quiser, Carlinhos.
Aquela voz de caramelo.
a) Por que Carol aconselhou Carlinhos a não falar certo demais quando ambos estivessem com a turma?
b) Reescreva a frase a seguir, usando linguagem informal:
“Não, é que, falando, sentir-me-ia vexado”
c) Considere a última fala de Carol e escreva o que você entendeu sobre os sentimentos dela em relação a Carlinhos e sua opinião a respeito da colocação pronominal.
Soluções para a tarefa
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A. Carol aconselhou o seu namorado a não falar certo demais diante da turma porque tratava-se de um contexto informal, que não precisa de uma linguagem formal.
O menino era formal demais em um ambiente que não tinha necessidade.
B. Passando o trecho para a linguagem informal ficaria.
"Não, é que falando vou me sentir humilhado".
Nota-se que agora o pronome é apresentado depois do verbo, foi retirado a mesóclise.
C. Carlinhos sempre colocava as suas frases com a colocação pronominal correta. Porém na linguagem informal não é utilizado a mesóclise que é a colocação do pronome no meio do verbo.
Ex: sentir-me-ia.
Na linguagem informal seira: me sentir.
Abraços!
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