No texto a seguir, o filósofo alemão Theodor Adorno nos mostra a lição que devemos aprender com Auschwitz
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Resposta:
Cerca de 80 anos após o advento da Escola de Frankfurt, é de impressionar a atualidade dos pensamentos de um de seus maiores expoentes: Theodor W. Adorno. A grandiosidade e complexidade de Adorno – muitas vezes envolto na carapaça de pensador denso e de difícil acesso – torna praticamente impossível a eleição de um único destaque em meio a seus escritos. Mas dada as circunstâncias pelas quais o País atravessa, aponto aqui as reflexões que o filósofo apresenta em seu artigo “Educação após Auschwitz”, texto que integra a coletânea “Emancipação e Educação” (Paz & Terra, 1995), uma série de palestras e debates em que Adorno catalisa a discussão de temas como ‘falsa cultura’, a formação para a emancipação política do indivíduo e a formação da personalidade autoritária.
O filósofo abre o artigo “Educação após Auschwitz” de forma imperativa: “A exigência que Auschwitz não se repita é a primeira de todas para a educação. De tal modo ela precede quaisquer outras que creio não ser possível nem necessário justificá-la”. Adorno levanta diversas críticas frente à passividade e inconsciência por parte das pessoas em momentos históricos distintos (citando exemplos de vários genocídios que partiram do nacionalismo agressor que prevaleceu em vários países a partir do século XIX). Aponta possíveis causas para institucionalização da barbárie e elabora rapidamente sugestões para que a educação se torne instrumento de sublimação da irracionalidade.
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