No século XVIII qual era a ideia que os colonizadores faziam das rebeliões?
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de março de 1738 - Cusco 18 de maio de 1781), nascido José Gabriel Condorcanqui Noguera, foi um líder indígena peruano. [1]
Tupac Amaru II conduziu a maior rebelião anticolonial da América no século XVIII - a chamada Grande Rebelião -, que teve lugar no Vice-reino do Rio da Prata e no Vice-reino do Peru, iniciada em 4 de novembro de 1780, com a captura e posterior execução do corregedor Antonio de Arriaga.[1] Embora a revolta não tenha tido sucesso, Túpac Amaru II acabou por se tornar uma figura mítica, inspirando inúmeros movimentos pela independência do Peru, bem como a luta pelos direitos dos povos indígenas.[2]
Ele não deve ser confundido com Tupac Katari, líder de um levante similar ocorrido na mesma época, na região da atual Bolívia.
Curaca de Surimana, Tungasuca e Pampamarca,[3] era um próspero comerciante mestiço, descendente de Tupac Amaru I (último sapa inca, executado pelos espanhóis no século XVI) e de criollos. Durante boa parte de sua vida, identificou-se culturalmente com os criollos. Até os 12 anos foi educado pelo sacerdote criollo Antonio López de Sosa e, depois, no Colegio San Francisco de Borja, instituição educativa de Cusco, especializada na educação da nobreza inca, durante o período colonial, frequentada pelos filhos de caciques. Nessa época, Condorcanqui usava refinadas roupas hispânicas.[4] Posteriormente, passaria a trajar-se como um nobre inca, acabando por ser excomungado da Igreja Católica.
A instalação do sistema colonial espanhol na América foi marcada por um processo massivo de eliminação de boa parte das populações indígenas. No entanto, conforme assinalado pelo poeta chileno Pablo Neruda, a “cruz”, a “espada” e a “fome” não foram suficientes para encerrar a resistência da população indígena frente ao colonizador. No século XVIII, o influxo de idéias iluministas e liberais veio a acirrar o conflito entre indígenas e espanhóis.
Mas nem toda a população indígena era contra a dominação hispânica. Havia curacas (caciques) dispostos a fazer acordos com os colonizadores, a quem apoiavam, em troca de participação nos tributos arrecadados ou para livrar-se do trabalho compulsório, imposto pelos espanhóis, que, dessa forma, mantinham as estruturas da dominação sem a necessidade de emprego da força, o que contrariava seus interesses, por exigir gastos na organização de tropas e implicar a diminuição da mão-de-obra disponível para o trabalho.
Em 1780, José Gabriel Condorcanqui se indispôs com as elites metropolitanas do Peru. Ele era uma grande exceção entre os indígenas da região. Estudara na Universidade de São Marcos, em Lima, onde tivera contato com os ideais iluministas e conhecera a história de Túpac Amaru, de quem se dizia descendente. Inspirado por essas idéias, Condorcanqui mudou seu nome para Túpac Amaru II e organizou um movimento de emancipação que contou com o apoio da elite criolla. Em pouco tempo, milhares de mestiços, indígenas, escravos e colonos empobrecidos decidiram não mais obedecer às exigências e tributos da Coroa Espanhola.
A popularização dos ideais da rebelião Túpac Amaru passou, assim, a representar uma ameaça real aos interesses do colonizador. O movimento foi então duramente combatido e esmagado em pouco tempo. Túpac Amaru II foi preso, sumariamente julgado pelas autoridades metropolitanas e, afinal, executado de maneira
Tupac Amaru II conduziu a maior rebelião anticolonial da América no século XVIII - a chamada Grande Rebelião -, que teve lugar no Vice-reino do Rio da Prata e no Vice-reino do Peru, iniciada em 4 de novembro de 1780, com a captura e posterior execução do corregedor Antonio de Arriaga.[1] Embora a revolta não tenha tido sucesso, Túpac Amaru II acabou por se tornar uma figura mítica, inspirando inúmeros movimentos pela independência do Peru, bem como a luta pelos direitos dos povos indígenas.[2]
Ele não deve ser confundido com Tupac Katari, líder de um levante similar ocorrido na mesma época, na região da atual Bolívia.
Curaca de Surimana, Tungasuca e Pampamarca,[3] era um próspero comerciante mestiço, descendente de Tupac Amaru I (último sapa inca, executado pelos espanhóis no século XVI) e de criollos. Durante boa parte de sua vida, identificou-se culturalmente com os criollos. Até os 12 anos foi educado pelo sacerdote criollo Antonio López de Sosa e, depois, no Colegio San Francisco de Borja, instituição educativa de Cusco, especializada na educação da nobreza inca, durante o período colonial, frequentada pelos filhos de caciques. Nessa época, Condorcanqui usava refinadas roupas hispânicas.[4] Posteriormente, passaria a trajar-se como um nobre inca, acabando por ser excomungado da Igreja Católica.
A instalação do sistema colonial espanhol na América foi marcada por um processo massivo de eliminação de boa parte das populações indígenas. No entanto, conforme assinalado pelo poeta chileno Pablo Neruda, a “cruz”, a “espada” e a “fome” não foram suficientes para encerrar a resistência da população indígena frente ao colonizador. No século XVIII, o influxo de idéias iluministas e liberais veio a acirrar o conflito entre indígenas e espanhóis.
Mas nem toda a população indígena era contra a dominação hispânica. Havia curacas (caciques) dispostos a fazer acordos com os colonizadores, a quem apoiavam, em troca de participação nos tributos arrecadados ou para livrar-se do trabalho compulsório, imposto pelos espanhóis, que, dessa forma, mantinham as estruturas da dominação sem a necessidade de emprego da força, o que contrariava seus interesses, por exigir gastos na organização de tropas e implicar a diminuição da mão-de-obra disponível para o trabalho.
Em 1780, José Gabriel Condorcanqui se indispôs com as elites metropolitanas do Peru. Ele era uma grande exceção entre os indígenas da região. Estudara na Universidade de São Marcos, em Lima, onde tivera contato com os ideais iluministas e conhecera a história de Túpac Amaru, de quem se dizia descendente. Inspirado por essas idéias, Condorcanqui mudou seu nome para Túpac Amaru II e organizou um movimento de emancipação que contou com o apoio da elite criolla. Em pouco tempo, milhares de mestiços, indígenas, escravos e colonos empobrecidos decidiram não mais obedecer às exigências e tributos da Coroa Espanhola.
A popularização dos ideais da rebelião Túpac Amaru passou, assim, a representar uma ameaça real aos interesses do colonizador. O movimento foi então duramente combatido e esmagado em pouco tempo. Túpac Amaru II foi preso, sumariamente julgado pelas autoridades metropolitanas e, afinal, executado de maneira
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