“No século XIII surgiu a Escolástica, corrente filosófica que, a partir de então, dominou o pensamento medieval.” (Rubim Santos Leão de Aquino. História das Sociedades: das Comunidades Primitivas às Sociedades Medievais)
A Escolástica (assinale a alternativa correta):
a) teve em Alberto Magno seu maior expoente e refutava o teocentrismo, pregando o antropocentrismo;
b) teve em Tomás de Aquino seu principal expoente e foi uma tentativa de harmonizar a razão com a fé;
c) considerava que a razão podia proporcionar uma visão completa e unificada da natureza ou da sociedade;
d) pregava o recurso racional da força, sendo este mais importante do que o exercício da virtude ou da fé.
Soluções para a tarefa
Resposta:
resposta b)
Explicação:
foi uma tentativa de harmonizar a razão e a fé
A Escolástica teve em São Tomás de Aquino seu principal nome e foi uma tentativa de harmonizar a razão com a fé. Logo, a alternativa B é a correta.
São três os problemas centrais da Escolástica:
- DA CRIAÇÃO: Uma novação questão se coloca: como o mundo criado se conserva? O mundo é uma criação continuada, em que Deus tem de sempre manter? Nos primeiros séculos a Escolástica pensa assim, ou seja, o fundamento ontológico do mundo se encontra em Deus, não só em sua origem, mas de modo atual. No nominalismo dos séculos XIV e XV essa convicção vacila: o mundo é visto com capacidade de existir por si só. A cooperação de Deus, após a criação, é não aniquilá-lo e deixa-lo ser. Assim, o mundo vai ganhando uma relativa suficiência e autonomia como criatura.
- DOS UNIVERSAIS: Uma questão importantíssima durante toda a Id. Média. Os universais são os gêneros e as espécies e se opõem aos indivíduos; a questão é saber qual tipo de realidade corresponde a esses universais. Os universais são ou não são coisas? E em que sentido? A resposta depende de como entendemos o ser das coisas e de como entendemos como o conhecimento se dá. A Id. Média vai de uma posição realista para uma nominalista.
- DA RAZÃO: Em São Tomás há uma adequação entre Deus e o homem: Deus é logos e o homem também vem definido pelo logos. É possível, portanto, um conhecimento da essência divina. A teologia é de fé na medida em que é construída sobre dados sobrenaturais, revelados, mas o homem trabalha com eles com sua razão, para interpretá-los e alcançar um saber teológico. Com Duns Escoto e Okcham, contudo, a coisa muda de figura: a teologia é sobrenatural e a razão tem pouco a fazer nela. A razão passa a ser um assunto exclusivamente humano.
Historicamente, é possível estabelecer quatro fases da Escolástica:
1) Preparatória (séc. VI ao IX): marcada por períodos de grande obscuridade cultural e decadência moral, entremeados por momentos de renascimento e antecipações, como com a restauração do Império Carolíngeo por Carlos Magno. A figura mais importante desse período é John Scotus Erígena.
2) Segunda Fase (IX ao XII): época da reforma monástica, da renovação política da Igreja e das Cruzadas. Santo Anselmo, a Escola de Chartres, de São Vítor e Abelardo são os principais nomes, conhecidos como “primeira escolástica”.
3) Auge (séc. XIII): São Tomás de Aquino, São Boaventura e Duns Escoto
4) Divórcio entre razão e fé (séc. XIV), com Guilherme de Ockham
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