Português, perguntado por pandahprodigio, 10 meses atrás

No Romantismo a produção literária contou com romances urbanos, romances indianistas e romances regionais. Entre os escritores da época um foi capaz de percorrer todos esses tipos de romance e por isso merece destaque entre os românticos. Quem foi esse autor? Cite um romance de cada um dos tipos citados.


claramarquesrodrigue: a resposta e meio grande mais ta certa
claramarquesrodrigue: pode por favor dar cinco estrelas ? por favor
vivijesuscristo12: Não tem outra resposta mas pequena

Soluções para a tarefa

Respondido por claramarquesrodrigue
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Resposta:

Explicação:

No Brasil, o desenvolvimento da prosa romântica é paralelo ao desenvolvimento da imprensa no país, que foi introduzida em 1808. Antes da vinda da Corte ao Rio de Janeiro, Portugal não permitia o desenvolvimento e a introdução da imprensa aqui no Brasil. A atividade passou a ser desenvolvida somente com a vinda da Corte portuguesa ao Brasil, em 1808, que exigiu o desenvolvimento da colônia para atender ao seu modo de vida.

Com o desenvolvimento da imprensa, criou-se um público leitor que impulsionou um grande número de publicações em folhetins, formato que permitiu o surgimento e desenvolvimento da prosa romântica, que, ao lado da poesia, formaram toda a produção literária romântica.

É importante colocar que, pelo fato da produção em prosa ter surgido no Romantismo, o nome romance é comumente associado ao movimento, muitas vezes sendo sinônimo de folhetim e de histórias românticas. No entanto, nem todo o romance é romântico/do Romantismo, uma vez que romance é apenas uma palavra que designa um gênero literário narrativo em prosa que teve vários desdobramentos ao longo do temo, como o romance realista e o romance naturalista.

Principais características

O romance romântico, mais do que as poesias, queria responder e atender aos questionamentos sobre a identidade nacional. A prosa romântica tinha o intuito de redescobrir o Brasil, trazendo à tona e reconhecendo todos os espaços que o compunham, não só exaltando uma característica nacional, como a poesia fazia.

Era comum a presença do flashback, uma volta ao passado para explicar um fato do presente. O sentimentalismo era mais visível, uma vez que toda prosa romântica tem histórias de amor que tentam quebrar barreiras, terminando no casamento ou na morte (quando o amor não era possível). Essa idealização de um amor que quebra barreiras traz à tona a ideia de que o amor é a única forma das personagens se purificarem.

O conflito narrativo na prosa romântica também tinha a idealização de um herói, no entanto, apesar da coragem, da postura idealista e do desejo de justiça e moral, este herói esta inserido no contexto do romance ao qual pertence, podendo também ser uma heroína. O sentimento das personagens e os conflitos destes são mostrados na prosa e há também uma ideia muito forte de bem x mal, verdade x mentira, moral x imoral.

Tipos de romances

Temos quatro tipos de romances no movimento: o indianista, histórico, regional e urbano e era bem comum que os escritores da prosa do período caminhassem entre os vários tipos.

Romance indianista

O romance indianista traz à tona a vida, cultura, crença e costumes indígenas. O índio surge como herói, representando o Brasil e os brasileiros, sendo corajoso, heróico, forte, idealizado. Há uma valorização da natureza e o espaço onde ocorre a narrativa remete ao natural, à paisagem brasileira.

Exemplos de romances indianistas

Iracema, O Guarani e Ubirajara, todos de José de Alencar.

Romance histórico

O romance histórico traz o retrato de costumes de uma época passada, sendo um relato que muitas vezes mistura ficção e realidade.

Exemplos de romances históricos

As Minas de Prata e A Guerra dos Mascates, ambos de José de Alencar. É importante saber que romances indianistas também podem ser considerados históricos.

Romance urbano

Os romances urbanos são os mais lidos até hoje. Em sua grande maioria, este tipo no Romantismo narrava uma história que geralmente ocorria nas capitais, na alta sociedade. Funcionava como crítica aos costumes, mostrando a sociedade e os interesses desta em uma determinada época. Os heróis e heroínas deste romance faziam ou não parte desta alta sociedade e tinham que superar várias barreiras para a felicidade e a realização do amor e do casamento (que redimia as personagens de todo o mal e imoralidade que elas pudessem ter), tal como nos outros tipos de romances românticos.

Exemplos de romances urbanos

Lucíola, Diva, Senhora, A Viuvinha, todos de José de Alencar; Iaiá Garcia, Helena, A Mão e a Luva, de Machado de Assis; A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo; e Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida, que surge trazendo à tona os costumes da periferia, indo na contramão do retrato de costumes da alta sociedade, algo raro neste tipo de romance.

Romance regionalista

Por fim, temos o romance regionalista, passado em ambiente rural, mostrando costumes, valores e cultura típica de uma região. Este tipo de romance trazia um maior conhecimento do Brasil sobre si próprio, uma vez que voltava seu olhar pra regiões diferentes do Brasil, trazendo à tona sua diversidade.

Exemplos de romances regionalistas

Alguns exemplos de romances regionalistas são: Inocência, de Visconde de Taunay; O Tronco do Ipê, Til e O Gaúcho, de José de Alencar; A Escrava Isaura, de Bernardo Guimarães.

Respondido por dayrochaleal
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Resposta:

2. No romantismo a produção literária contou com romances urbanos, romances indianistas e

romances regionais. Entre os escritores da época um foi capaz de percorrer todos esses tipos de

romance e por isso merece destaque entre os românticos. Quem foi esse autor? Cite um romance

de cada um dos tipos citados.

O trecho seguinte é um fragmento do capítulo 11 de Iracema, no qual Alencar descreve

fisicamente a heroína índia.

“Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema. Iracema, a virgem

dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna, e mais longos que seu

talhe de palmeira. O favo de jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque

como seu hálito perfumado. Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e

as matas do ipu, onde campeava sua guerreira tribo. O pé grácil e nu, mal roçando, alisava apenas

a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas. Um dia, ao pino do sol, ela repousava

em um claro da floresta. Banhava-lhe o corpo a sombra da oiticica, mais fresca do que o orvalho

da noite. Os ramos da acácia silvestre esparziam flores sobre os últimos cabelos. Escondidos na

folhagem, os pássaros ameigavam o canto”. (José de Alencar )

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