no que os hebreus trabalhao
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camponês que trabalha com a produção de comida, em plantações, mas quando o rio enche, tudo fica alagado e o serviço é interrompido. Para não deixar estes hebreus sem uma função, eles são direcionados pelo faraó para obras públicas e constroem tumbas, templos, estátuas ou o que mais o faraó inventa. São tarefas cansativas e penosas, que têm a pior remuneração. Os hebreus recebem praticamente uma porção de pão por pessoa ou trigo.
Temos, ainda, o hebreu especializado em algum trabalho, que vive no palácio e é considerado nobre. Estes terão uma excelente condição de vida, benefícios e tudo de melhor que a corte produzir. Os hebreus do palácio são, por exemplo, os joalheiros do faraó, cozinheiros, costureiros, damas reais, entre outras funções.
Maurício destaca, ainda, que os hebreus são, em sua maioria, monoteístas, ou seja, acreditam em apenas um deus. Já os que vivem no palácio, devem adorar também os deuses egípcios, sendo chamados de politeístas
─ O Egito é um reino politeísta, que adora diversos deuses. O hebreu camponês tem a possibilidade de adorar apenas um deus, pois não há fiscalização, mas dentro do palácio o indivíduo deste povo tem que adorar os deuses egípcios, até porque o faraó é considerado um. Em resumo, os hebreus são monoteístas, mas muitos adoram vários deuses, até porque acabam se adaptando à cultura egípcia.
Maurício expõe os costumes do povo egípcio, politeísta.
─ Os egípcios adoram vários deuses e um deles está presente, que é o faraó. Eles acreditam que, dentro do Egito, o faraó é a ligação entre estes deuses e a terra, e é ele quem traz a luz cósmica. Então, todos trabalham para o faraó com o objetivo de que os deuses mantenham ordem dentro do Egito. Há egípcio em várias profissões e, dependendo do serviço, será melhor ou pior remunerado. Os que trabalham no palácio, direto com o faraó, têm funções prestigiosas e são nobres, como os artesãos, cozinheiros e sacerdotes. As menos valorizadas são desempenhadas por egípcios camponeses, que ficam em obras, fazem pinturas e retalhos.
O consultor de história da Record lembra que existem hebreus nos palácios e destaca o direito das mulheres egípcias.
─ Todo hebreu que vai trabalhar diretamente no palácio terá que se portar como um egípcio. Usará boas roupas, perucas, maquiagens, entre outros costumes do povo rico. A mulher no Egito tem mais liberdade, inclusive direito à propriedade. Ela pode comprar, vender, ter bens no nome dela e até ficar com metade de tudo, em caso de divórcio, que não seja por adultério. O faraó é até mesmo obrigado a ter várias esposas, sem qualquer problema.
Para fechar, Maurício tira as dúvidas do público sobre os midianitas, que fizeram sua estreia na novela ao acolherem Moisés.
─ O povo de Midiã é seminômade e trabalha em comércio ou na criação de animais. São pessoas que permanecem por até dez anos em um lugar, mas, se a situação estiver ruim, mudam o destino. Eles não têm vínculos com a terra, como os egípcios. Os midianitas falam uma língua de origem semítica, muito próxima ao hebraico, usado pelos hebreus. Os costumes entre estes dois povos são similares, pois os hebreus vêm da região de Canaã, que tem uma cultura que influencia os povos. O que diferencia os hebreus dos midianitas é o monoteísmo. Enquanto os hebreus acham que adorar outros deuses é um sacrilégio, os midianitas acreditam no deus de Israel e em outros. A grande dissemelhança está na religião.
Segundo o historiador, os midianitas não deixaram tantos registros escritos para que a história possa reconstruir a vida deste povo, fora a visão bíblica, já que não se instalavam em apenas um lugar.