No primeiro semestre de 2019, a sociedade brasileira foi profundamente marcada pelo uso da palavra “fonte”. Após uma série de escândalos envolvendo o vazamento jornalístico de informações de políticos do alto escalão do governo, muito se falou em “direito constitucional ao sigilo da fonte”, que é uma prerrogativa legalmente exercida pelos veículos midiáticos do país. Para o Jornalismo, a palavra “fonte” é sinônimo de “informação”. Fontes, portanto, podem ser indivíduos, grupos ou materiais escritos ou audiovisuais. Ao longo dos últimos dois séculos, os historiadores também estabeleceram suas próprias definições do termo. A respeito dessas definições, considere as afirmativas a seguir:
I. Para o Positivismo, “fonte” era sinônimo de “memória”.
II. Os historiadores compreendem a fonte como algo separado do documento. Para a historiografia, “fonte” é sinônimo de “fato”, enquanto “documento” é sinônimo de “hipótese”.
III. O Marxismo dinamizou a historiografia ao lançar mão de diversos tipos de fontes documentais em suas pesquisas, não restritas ao caráter “oficial” da História.
IV. A História trabalha com diversos tipos de fontes documentais. Nem todo documento serve a qualquer pesquisa, da mesma forma que nem toda pesquisa permite o uso de qualquer documento.
V. A revolução documental da Escola dos Annales permitiu que o conceito de fonte fosse consideravelmente ampliado. As pesquisas gradativamente deixaram de ser produzidas com a ideia de um documento “fixo”.
Está correto o que se lê em:
Alternativa 1: I e II, apenas.
Alternativa 2:II e IV, apenas.
Alternativa 3: I, II, IV, apenas.
Alternativa 4:I, III, IV e V, apenas
Soluções para a tarefa
O termo fonte tem diferentes significados para diferentes profissões e campos teóricos e científicos. Para os historiadores, temos que:
I. Para o Positivismo, “fonte” era sinônimo de “memória”.
Falso. O positivismo entendia como "fonte" aquilo que era determinantemente uma verdade, geralmente encontrada em documentos oficiais e burocráticos.
II. Os historiadores compreendem a fonte como algo separado do documento. Para a historiografia, “fonte” é sinônimo de “fato”, enquanto “documento” é sinônimo de “hipótese”.
Falso. Na verdade a historiografia não entende a fonte como um fato, mas como um documento capaz de fornecer informações para a formulação de hipóteses, podendo corroborar, ou não, com outras fontes.
III. O Marxismo dinamizou a historiografia ao lançar mão de diversos tipos de fontes documentais em suas pesquisas, não restritas ao caráter “oficial” da História.
Falso. Não foi o marxismo que realizou tal feito, mas leituras que, embora possam ter se relacionado ao pensamento marxista, estão vinculadas muito mais ao desenvolvimento científico do século XX.
IV. A História trabalha com diversos tipos de fontes documentais. Nem todo documento serve a qualquer pesquisa, da mesma forma que nem toda pesquisa permite o uso de qualquer documento.
Correto. A história faz uso de fontes diversas, mas é preciso que se saiba quais documentos são úteis para determinadas discussões e construções discursivas.
V. A revolução documental da Escola dos Annales permitiu que o conceito de fonte fosse consideravelmente ampliado. As pesquisas gradativamente deixaram de ser produzidas com a ideia de um documento “fixo”.
Correto. A discussão da Escola de Annales foi uma das propiciadoras das mudanças de âmbito geral no que tange à relação dos profissionais da história com as fontes, que passaram a ser vistas como dinâmicas.
Resposta:
II. Os historiadores compreendem a fonte como algo separado do documento. Para a historiografia, “fonte” é sinônimo de “fato”, enquanto “documento” é sinônimo de “hipótese”. 2 é falso, eliminando todas que a contenham.
Explicação:
resta o opção 3,4,5 sendo verdadeiras
Alternativa 1:
I e II, apenas.
Alternativa 2:
II e IV, apenas.
Alternativa 3:
I, II, IV, apenas.
Alternativa 4:
I, III, IV e V, apenas.
Alternativa 5:
I, II, III, IV e V.