No período a que se dá o nome de Quinhentismo Brasileiro, a crítica afirma haver duas manifestações literárias: a de informação (viagens) e a de formação (catequética).
Na literatura de catequese, o expoente foi Pe. José de Anchieta (1534-1597). Em sua obra (poemas, sermões, cartas, autos...), os autos tiveram grande função catequética e moralizadora, por seu caráter de encenação. Leia a abertura do “Auto da Festa de São Lourenço”.
PRIMEIRO ATO
(Cena do martírio de São Lourenço)
Cantam:
“Por Jesus, meu salvador,
Que morre por meus pecados,
Nestas brasas morro assado
Com fogo do meu amor
Bom Jesus, quando te vejo
Na cruz, por mim flagelado,
Eu por ti vivo e queimado
Mil vezes morrer desejo
Pois teu sangue redentor
Lavou minha culpa humana,
Arda eu pois nesta chama
Com fogo do teu amor.
O fogo do forte amor,
Ah, meu Deus!,com que me amas
Mais me consome que as chamas
E brasas, com seu calor.
Pois teu amor, pelo meu
Tais prodígios consumou,
Que eu, nas brasas onde estou,
Morro de amor pelo teu.
No período a que se dá o nome de Quinhentismo Brasileiro, a crítica afirma haver duas manifestações literárias: a de informação (viagens) e a de formação (catequética).
Na literatura de catequese, o expoente foi Pe. José de Anchieta (1534-1597). Em sua obra (poemas, sermões, cartas, autos...), os autos tiveram grande função catequética e moralizadora, por seu caráter de encenação. Leia a abertura do “Auto da Festa de São Lourenço”.
PRIMEIRO ATO
(Cena do martírio de São Lourenço)
Cantam:
“Por Jesus, meu salvador,
Que morre por meus pecados,
Nestas brasas morro assado
Com fogo do meu amor
Bom Jesus, quando te vejo
Na cruz, por mim flagelado,
Eu por ti vivo e queimado
Mil vezes morrer desejo
Pois teu sangue redentor
Lavou minha culpa humana,
Arda eu pois nesta chama
Com fogo do teu amor.
O fogo do forte amor,
Ah, meu Deus!,com que me amas
Mais me consome que as chamas
E brasas, com seu calor.
Pois teu amor, pelo meu
Tais prodígios consumou,
Que eu, nas brasas onde estou,
Morro de amor pelo teu.”
A abertura era cantada por um coro, formado por jesuítas e, aos poucos, por indígenas alfabetizados. Mostra São Lourenço em seu flagelo.
A exemplo do texto lido, qual foi a dinâmica da catequese dos índios a partir da literatura jesuítica?
A)A literatura jesuítica, em seus autos, ainda que apresentasse a melodia dos redondilhos e o maniqueísmo (Bem X Mal) necessário ao entendimento do índio, era inatingível, porque havia despreocupação com sua alfabetização, e este não apreendia os significados das palavras.
B)A literatura jesuítica era modelo para a catequese. Os padres utilizavam o condicionamento a partir das punições. O exemplo de São Lourenço queimado na fogueira era encenado para que o índio temesse morrer da mesma maneira, imaginando ser aquele o inferno.
C) A literatura jesuítica, por seu caráter predominantemente artístico, como os poemas escritos pelo Pe. José de Anchieta a Maria, todos em versos decassílabos, desprestigiava a alfabetização e a posterior catequese, sendo o “Auto de São Lourenço” uma exceção.
D) A literatura jesuítica pouco influenciava a catequese dos índios, salvo a gramática escrita pelo Pe. José de Anchieta (“Arte de gramática da língua mais usada na costa do Brasil”), que era usada para que novos jesuítas e índios pudessem formalizar o tupi juntos.
E) A literatura jesuítica visava à catequese do indígena. Na prática, os padres utilizavam-se da encenação dos autos, a fim de minimizar os conflitos de línguas diferentes. Nas peças, o principal recurso era o do exemplo, como a cena de São Lourenço, que morreu pela fé.
Soluções para a tarefa
Respondido por
10
A alternativa correta é a letra E
cici12379:
grataa!!!
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