No palco italiano, o espaço da cena e do público é hierárquico. Ou seja, o centro é o lugar privilegiado, onde se desenrolam as ações. No princípio da história, o espectador privilegiado era o rei. A dança passou a ocupar esse tipo de teatro em meados do século XVII. A “caixa” cênica foi inúmeras vezes reinventada, ao longo da história da dança. Mas foi especialmente com as obras do coreógrafo norte-americano Merce Cunningham (1919), no século XIX, que algumas regras começaram a ser quebradas. Ele extinguiu a ideia de frontalidade da cena (tudo acontecendo de frente para o público) e a hierarquia do espaço (principais acontecimentos no centro). Para o coreógrafo, o palco deve ser como a rua, onde a frente é a frente do dançarino, não havendo um único ponto privilegiado. Além disso, ele estabeleceu a independência completa entre música e dança. A partir do século XX, inicia o movimento de “desteatralização” da dança. Com isso, os artistas de companhias de dança começaram a explorar outros espaços, como ruas, galerias, museus e até mesmo telhados. A cenografia é hoje uma dramaturgia do espaço, e para o cenógrafo todo espaço é um palco. Quando muitas pessoas se movem juntas, elas formam um coral de movimento”. Quem primeiro trabalhou com essa forma de mover pessoas juntas, artisticamente, foi o húngaro Rudolf von Laban. Laban, vendo o corpo a partir de uma perspectiva sociocultural, percebeu que ele expressa a relação do indivíduo com o seu meio. Sendo o corpo veículo e conteúdo do indivíduo nas relações que estabelece no trabalho, no lazer, nas ações orgânicas, o ser humano possui um repertório gestual que significa o seu elo social. Laban fez uma clara distinção entre movimento coral e dança-teatro. No Brasil, coreógrafos ou educadores como Maria Duchenes, J. C. Violla e Ivaldo Bertazzo se identificaram com essa forma de trabalho e criaram obras que exigiam um grande grupo de pessoas se movimentando em cena. As coreografias que originam o coral de movimentos, normalmente propõem que um grande grupo de pessoas se mova junto, segundo uma coreografia pré-estabelecida, com estrutura simples, porém instigante, permitindo ao grupo dançarem juntos e de forma colaborativa. Em 1990, Maria Duschenes apresentou no palco do Theatro Municipal de São Paulo a dança coral “Origens I”, com 150 pessoas
“Texto elaborado pelos autores especialmente para o São Paulo faz Escola, adaptado
Atividade 1 – O primeiro que trabalhou com essas formas de mover pessoas juntas, artisticamente foi o húngaro Rudolf Von Laban. Explique isso.
Soluções para a tarefa
Rudolf Laban foi um dançarino que colocou a importância da dança dentro do teatro, sendo um coreógrafo que interpretou grandes obras na dança e no teatro ao longo do século XX.
O teatro é feito ao vivo, ou seja, os atores contracenam diretamente para a plateia o que torna a atividade mais prática e dinâmica.
A dança desenvolve um diferencial em relação as outras atividades físicas, pois só a partir dela existe a possibilidade de criação e necessidades do corpo agindo como uma atividade de desenvolvimento pessoal trazendo benefícios para a saúde.
Rudolf Von Laban foi um importante dançarino que destacou a dança no contexto do teatro. Foi também um coreógrafo que realizou a interpretação de obras famosas na dança e também no teatro no século XX.
A arte do corpo promovida por Laban possibilitou que bailarinos e artistas despertassem um novo olhar para a dança e ampliassem a consciência corporal em relação aos movimentos executados.
Suas pesquisas e métodos trouxeram, ao encontro das grandes transformações e mudanças que marcaram a vanguarda modernista, novas concepções para se pensar a dança. Rudolf Laban é considerado o "pai da dança-teatro".
Saiba mais sobre Rudolf Von Laban em: https://brainly.com.br/tarefa/39646204
Bons estudos!