No livro extraordinario, explique por que august acho o festival de ação de graças o pior dos eventos?
Soluções para a tarefa
Resposta:
Sei que não sou um garoto de dez anos comum. Quer dizer, é claro que faço coisas comuns.
Tomo sorvete. Ando de bicicleta. Jogo bola. Tenho um Xbox. Essas coisas me fazem ser
comum. Por dentro. Mas sei que as crianças comuns não fazem outras crianças comuns saírem
correndo e gritando do parquinho. Sei que os outros não ficam encarando as crianças comuns
aonde quer que elas vão.
Se eu encontrasse uma lâmpada mágica e pudesse fazer um desejo, pediria para ter um rosto
comum, em que ninguém nunca prestasse atenção. Pediria para poder andar na rua sem que as
pessoas me vissem e depois fingissem olhar para o outro lado. Sabe o que eu acho? A única
razão de eu não ser comum é que ninguém além de mim me enxerga dessa forma.
Mas agora meio que já me acostumei com minha aparência. Sei fingir que não vejo as caretas
que as pessoas fazem. Nós todos ficamos muito bons nisso: eu, mamãe e papai, a Via. Na
verdade, retiro o que disse: a Via não é tão boa. Às vezes ela fica muito irritada quando fazem
algo grosseiro. Por exemplo, naquela vez no parquinho, quando uns garotos mais velhos
fizeram alguns barulhos. Nem sei que barulhos eram, porque eu mesmo não ouvi, mas a Via
escutou e simplesmente começou a gritar com eles. Esse é o jeito dela. Eu não sou assim.
Ela não acha que eu seja comum. Diz que acha, mas, se eu fosse comum, ela não precisaria
me proteger tanto. Mamãe e papai também não me acham comum. Eles me acham
extraordinário. Talvez a única pessoa no mundo que percebe o quanto sou comum seja eu.
Aliás, meu nome é August. Não vou descrever minha aparência. Não importa o que vocêesteja pensando, porque provavelmente é pior.