No livro enguanto o sol teima em brilhar
4)Tempo:
Localize na narrativa algo que comprove o tempo em que ela se passa e escreva.
5) Clímax:
Escreva o que aconteceu de mais importante na narrativa que gerou um certo suspense.
6) Resumo para explicar o desfecho.
Faça um resumo da leitura explicando como se deu o desfecho.
Tenho que entregar antes das 16 :30
Soluções para a tarefa
Resposta:
cadê o texto a imagem preciso para resolver
Resposta:
ENQUANTO O SOL TEIMA EM BRILHAR
Miramar (1924), de Oswald de Andrade, Clarissa (1933), de Érico Veríssimo, Perto do Coração Selvagem (1943), de Clarice Lispector; no contexto nordestino, destacamos Doidinho (1933) e O Moleque Ricardo (1935),
de José Lins do Rego, Jubiabá, de Jorge Amado (1935), As Três Marias
(1939), de Raquel de Queiroz, Infância (1945), de Graciliano Ramos, e Big
Jato (2012), de Xico Sá.
Em sua Teoria do Romance de 1916, György Lukács propôs que
o Wilhelm Meister de Goethe deve ser chamado de “romance de educação”, por mostrar a instrução do protagonista no “equilíbrio entre a ação e
a contemplação, entre a vontade de intervir eficazmente no mundo e a aptidão receptora em relação a este”. A professora as UNESP Wilma Patricia
M. D. Maas fala desse tipo de romance como a “possibilidade literária da
reconciliação [ideal] entre indivíduo [‘problemático’] e realidade social,
a síntese entre a subjetividade da história individual e o sentido épico da
história coletiva”. A obra de Ana Santana tem a peculiaridade de ser um
“romance de educação” que é “romance de formação” de dois personagens
espelhados, uma menina do sertão nordestino (Ana Laura) e um monge
português exilado (o Irmão Joaquim). Tal recurso especular permite, na
habilidosa trama da autora, mostrar o “crescimento” paralelo desses dois
indivíduos, aprender sobre suas biografias individuais e propor um entendimento das vivências e do sentido da vida no sertão nordestino e da vida
de memórias, saudade e desafios que se tem no exílio (do Ir. Joaquim; da
enigmática Dona Hannah). Esses personagens modelares vivem, junto a
seus familiares, amigos e companheiros (incluindo o jumento Campeão,
que dá impressão de ter algum parentesco com o burrinho Platero, de
Juan Ramón Jiménez), a rica experiência de mostrar que ninguém é tão
pobre (como Zequinha) que não tenha o que dar, ou tão rico que não precise acolher algo mais (como o Dr. Monteiro, que precisou morrer para conseguir voar), em termos culturais mas principalmente em aprendizagem
sentimental e da experiência de partilhar da apreensão do mundo através
dos sentidos do(s) outro(s), inclusive aqueles abertos à realidade mágica
das mulheres que dormem no fundo dos açudes que esperam água.
Os títulos dos capítulos de Enquanto o Sol Teimar em Brilhar já
dão uma boa ideia do talento da autora; demonstram grande capacidade
de síntese e muita sensibilidade poética. A poesia aqui não é a dos versos,
mas aquela da própria vida, que teima em perseverar apesar da seca ou
de outras formas de violência (natural ou humana), e que insiste em traduzir a magnífica beleza das coisas simples, como o bater de asas de uma
borboleta azul ou o poder mágico da flor do mandacaru, preciosa como a
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ENQUANTO O SOL TEIMA EM BRILHAR
palavra pode ser nas páginas dos bons livros, ou nos ensinamentos orais
dos mais sábios.
Tenho a impressão de que se eu disser mais estarei privando o
leitor da experiência de descobrir por si mesmo o tesouro escondido na
botija das imagens deste livro, e de percorrer com Ana Laura o caminho
que leva ao alto da Serra da Cigarra, donde se enxerga um mundo onde
o respeito e a amizade ao próximo ainda se difundem com o brilho forte
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