Português, perguntado por flaviodopneu0, 5 meses atrás

No início da colonização do Brasil (século XVI), não havia trabalhadores para
a realização de trabalhos manuais pesados na colônia. Os portugueses
colonizadores tentaram usar o trabalho indígena nas lavouras. A escravidão
indígena não pôde ser levada adiante, pois os religiosos católicos se
posicionaram em defesa dos índios condenando sua escravidão. Logo, os
colonizadores buscaram outra alternativa. Eles buscaram negros na África
para submetê-los à força ao trabalho escravo em sua colônia. Foi neste
contexto que começou a entrada dos escravos africanos no Brasil.
Os negros africanos, trazidos da África, eram transportados nos porões dos
navios negreiros. Em função das péssimas condições deste meio de
transporte desumano, muitos morreram durante a viagem. Após
desembarcaram no Brasil eram comprados como mercadorias por fazendeiros
e senhores de engenho, que os tratavam de forma cruel e, muitas vezes,
violenta.
Ao chegar ao Brasil, milhares de escravos passavam a viver nas senzalas,
cuja vida era miserável, passando a viver com pouquíssimos restos de
comidas ou com uma polenta oferecida aos trabalhadores cativos. Seu leito
era o chão duro e bebiam o mínimo de água e trabalhavam o máximo que
aguentavam.
Embora muitos considerassem a escravidão normal e aceitável naquela
época, havia aqueles que eram contra este tipo de prática, porém era a
minoria e não tinham influência política suficiente para mudar a situação.
Contudo, a escravidão permaneceu por quase 300 anos. O principal fator que
manteve o sistema escravista por tantos anos foi o econômico. A economia do
Brasil contava quase que exclusivamente com o trabalho escravo para realizar
os trabalhos nas fazendas e nas minas. As providências para a libertação dos
escravos, de acordo com alguns políticos da época, deveriam ser tomadas
lentamente.
O início do processo de libertação dos escravos e fim da escravidão foi longo
e trabalhoso.
Na segunda metade do século XIX surgiu o movimento abolicionista, que
defendia a abolição da escravidão no Brasil. Joaquim Nabuco foi um dos
principais abolicionistas deste período. O processo abolicionista foi pouco a
pouco agregando vários grupos para trabalhar na luta pela liberdade escrava,
agindo muitas vezes contra a política. O Parlamento brasileiro, por exemplo,
ignorava os pedidos encaminhados para a agilidade do processo de
libertação, isso porque grande parte dos políticos era manipulada pelos
interesses latifundiários e agiam de acordo com aqueles que representavam.
Os abolicionistas, grupo formado por diversas classes, fazendeiros,
comerciantes, poetas, literatos, políticos e outros mais. Exerceu forte atividade
para a liberdade dos negros cativos. Outro grupo muito importante para a
liberdade escrava foi o grupo dos Caifazes. Esse grupo foi idealizado por
Antônio Bento de Sousa e Castro e organizava fugas de escravos no final do
século XIX. Antônio Bento e seus comparsas roubavam os negros e os
enviavam para o quilombo do Jabaquara (Santos). Então eles eram mandados
para a província cearense, local onde a igualdade racial já havia sido
decretada.
Outro grupo que se uniu em torno dos objetivos de libertação dos escravos foi
o grupo dos próprios negros cativos, pois se uniram nas senzalas e através de
sua cultura e das lutas contra a manipulação dos fazendeiros fizeram com que
se conhecesse a realidade da inquietação da condição em que viviam.
A região Sul do Brasil passou a empregar trabalhadores assalariados
brasileiros e imigrantes estrangeiros, a partir de 1870. Na região Norte, as
usinas produtoras de açúcar substituíram os primitivos engenhos, fato que
possibilitou o uso de um número menor de escravos. Já nos principais centros
urbanos, era grande a necessidade do surgimento de indústrias. Visando não
causar prejuízos financeiros aos proprietários rurais, o governo brasileiro,
pressionado pelo Reino Unido, foi alcançando seus objetivos lentamente.
A primeira etapa do processo foi tomada em 1850, com a extinção do tráfico
de escravos no Brasil. Vinte e um anos mais tarde, em de 28 de setembro de
1871, foi promulgada a Lei do Ventre-Livre. Esta lei tornava livres os filhos de
escravos que nascessem a partir da decretação da lei.
No ano de 1885, foi promulgada a lei Saraiva-Cotegipe (também conhecida
como Lei dos Sexagenários) que beneficiava os negros com mais de 65 anos
de idade.
Foi somente em 13 de maio de 1888, através da Lei Áurea, que a liberdade
total e definitiva finalmente foi alcançada pelos negros brasileiros. Esta lei,
assinada pela Princesa Isabel (filha de D. Pedro II), abolia de vez a escravidão
em nosso país. O fim à escravidão era o princípio da Lei Áurea, contudo, esse
processo resistiu por muitos e muitos anos, a ilegalidade política e a
insistência dos fazendeiros eram as principais barreiras para distanciar os
objetivos da lei da realidade que se pretendia com sua criação.

9. Que tipo de atividades braçais os escravos desenvolviam no trabalho? *

Soluções para a tarefa

Respondido por anaclaudia2048
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Resposta:

Foi isso que eu encontrei no Google!

Explicação:

Espero ter ajudado de alguma forma!!!

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