Ed. Física, perguntado por naajlabarros19p0g4y2, 1 ano atrás

No Handebol, a lógica do jogo apresenta quatro fases nas quais são constantes as ações dos atletas em oposição e colaboração. São elas: ataque, defesa, transição à defesa e contra-ataque. Desse modo, podemos dizer que equivalem aos aspectos técnico-táticos da Pedagogia do Esporte: a. Princípios operacionais de interceptação; princípios operacionais ofensivos; princípios operacionais de transição. b. Princípios operacionais defensivos; princípios operacionais ofensivos; princípios operacionais de transição. c. Características gerais da modalidade; princípios operacionais de transição; regras de ações motoras especializadas. d. Características gerais da modalidade; princípios operacionais ofensivos; princípios operacionais de transição. e. Princípios operacionais defensivos; princípios operacionais ofensivos; regras de ações motoras gerais.

Soluções para a tarefa

Respondido por junho1050
12

1. Introdução

No artigo (Tática Defensiva no Ensino do Handebol I) anterior, citei que estaríamos analisando o ensino dos aspectos defensivos do Handebol, uma vez que a aprendizagem das ações defensivas é de grande importância para regular a aprendizagem tática ofensiva, pois, pensando o jogo como um sistema complexo e como um jogo de estratégias simultâneas, o ataque e a defesa se auto-regulam, criando dificuldades que possibilitam aprendizagens para ambos os indissociáveis momentos do jogo.

Essa reflexão se faz importante, pois muitas vezes ao aplicarmos atividades basicamente ofensivas, esquecemos de observar que (num processo de ensino aprendizagem baseado no jogo, sob uma perspectiva global-funcional) para “quem ataca”, sempre implementamos “um alguém” que defende e essa ação defensiva fica esquecida em nossas análises como professores. Daí uma série de artigos que tratem especificamente desses aspectos.

Para esse artigo, irei focar na elaboração de atividades e jogos nos quais faremos uma leitura pedagógica a partir do ponto de vista defensivo.

O foco de elaboração desses jogos serão os “princípios operacionais defensivos” descritos por Bayer (1992) sob a perspectiva dos Jogos Desportivos Coletivos e por DIETRICH, DÜRRWÄCHTER e SCHALLER (1984) sob a perspectiva do ensino do futebol.

2. Princípios Operacionais Defensivos

Analisando as etapas didaticamente divididas por Bayer e Dietrich, observa-se que os princípios do jogo são definidos numa relação interdependente entre princípios ofensivos e defensivos, conforme segue:

Para o princípio que define que uma equipe com posse de bola (atacante) tem por objetivo manter a posse de bola, observa-se um princípio defensivo que visa recuperar a posse de bola; para um princípio que define o objetivo da equipe atacante a progredir em direção ao alvo adversário, observa-se um contra-princípio que determina a equipe defensora impedir essa progressão (tanto da bola, quanto dos jogadores sem bola); e para o princípio ofensivo de finalização ao alvo, observa-se um princípio defensivo de proteção do alvo, feita não só pelo goleiro, mas também pelos jogadores de quadra.

Observando apenas os princípios defensivos, e sob um paradigma tradicional de ensino (baseado no handebol formal), é possível observar que o handebol é, sobre tudo, um jogo em que o princípio de proteção do alvo é o mais utilizado (podemos dizer ser um princípio determinante sob o ponto de vista defensivo).

Observando a figura abaixo, podemos analisar o posicionamento estrutural defensivo mais comum de ser observado em jogos de alto-rendimento: a defesa 6×0 (6 jogadores na primeira linha defensiva – a mais perto do gol – e nenhum jogador na segunda linha defensiva – após a linha tracejada de 9 metros).

Figura 1. Estrutura Clássica Observada nos Jogos de Alto-Rendimento de Handebol, equipe verde (quadradinhos) em defesa 6×0

Ao verificarmos essa organização defensiva, é possível constatar o que foi observado anteriormente: no handebol, ao pensarmos nos princípios operacionais defensivos, predomina a organização defensiva que visa à proteção do alvo.

Portanto, a partir de uma metodologia de ensino que se baseie única e exclusivamente nos paradigmas do alto-rendimento (portanto, uma metodologia tradicional e imediatista) o ensino defensivo estaria retido apenas à formação da famosa “barreira”, por esta ser uma estrutura defensiva claramente alinhada com o que o handebol competitivo tem por predominante: a preocupação defensiva em proteger o alvo.

No entanto, fica uma questão: num jogo de handebol, será viável criar estratégias para recuperação da posse de bola? E para impedir que o adversário se aproxime e se desloque para o alvo, não se podem criar estratégias de jogo que trabalhem sob essa perspectiva?

Fugindo do ponto-de-vista tradicional – e, portanto, fugindo do paradigma do handebol competitivo – e caminhando para uma metodologia baseada em um método global de ensino, este pautado no jogo como elemento central do processo de ensino e sob o prisma da similaridade que os jogos coletivos possuem entre si – criando aquilo que WITTGENSTEIN (1999) denomina “família de jogos” – esses outros princípios devem ser vividos, pois mesmo que não haja predominância desses princípios durante o jogo defensivo, eles sempre são latentes nas ações defensivas, pois, de que vale proteger o alvo da finalização adversária sem a preocupação em recuperar a posse da bola? De que adianta saber armar uma excelente “barreira”, mas que não iniba de alguma forma a aproximação ofensiva do alvo a ser defendido?

Para isso, seguem alguns jogos pedagógicos que apesar de haver o “ser atacante” e o “ser defensor”, iremos nesse momento focar as análises desses jogos sob o ponto de vista defensivo:

3. Jogos Pedagógicos analisados sobre o enfoque defensivo

3.1. Pega-pega Gavião

Respondido por HeltonBruna
20

Princípios operacionais defensivos; princípios operacionais ofensivos; princípios operacionais de transição.

Perguntas interessantes