No governo de Dom Pedro II houve uma grande busca pela construção da identidade nacional. Explique de que modo essa busca se concretizou, citando no mínimo um exemplo.
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D. Pedro II amava as letras, as ciências e as artes. Leitor voraz, montou três bibliotecas no palácio de São Cristóvão, com um total de 60 mil livros. No mesmo palácio, mantinha uma sala de física, um gabinete telegráfico e um observatório astronômico, onde costumava observar o céu em aparelhos importados da Europa.
Gostava de escrever, mantendo correspondência com personalidades do Brasil e do exterior e colecionando diários. Falava inglês, francês, alemão, espanhol e latim e teve aulas de sânscrito até o final da vida.
Promoveu e incentivou a cultura e as ciências com distribuição de bolsas e auxílios para experimentos, e doações a instituições científicas e educacionais. Apoiou a chegada ao Brasil de importantes invenções do século XIX, como as ferrovias, o telégrafo, o selo postal e o telefone. Seu interesse pela fotografia, demonstrado desde a juventude, o levou a ser o primeiro chefe de Estado fotógrafo.
"A memória construída do segundo imperador do Brasil, quer através da vasta literatura produzida a respeito, quer pela iconografia abundante que o apresenta como o ancião de barbas respeitáveis e ar sereno, sublinhou sempre sua paixão pelos livros, seu interesse pelas ciências em geral e seu amor pelos temas da cultura. Seu retrato é de um rei-filósofo." - A Busca da Identidade Nacional A vinda da família real portuguesa para o Brasil trouxe mudanças significativas para a vida cultural da colônia: foram criados a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios, O Museu Nacional, o Observatório Astronômico, a Biblioteca Real e a Imprensa Régia. O Brasil passou a fazer parte do roteiro de viajantes, cientistas e artistas, que estudavam a flora, a fauna, e os minerais brasileiros e registravam os hábitos e costumes locais. O modo de vida da elite local também sofreu alterações com a instalação da corte no Rio de Janeiro: as pessoas passaram a vestir de acordo com a moda da Europa, ainda que as roupas não fossem adequadas ao nosso clima tropical; quanto aos hábitos culturais e sociais, apresentações de óperas e balés e bailes e saraus passaram a ser frequentes. Essas mudanças, porém, não atingiram a grande maioria da população – composta de trabalhadores assalariados e escravos. Com a proclamação da independência, a produção artística local, que obedecia aos padrões europeus, voltou-se para a criação de uma identidade nacional, ou seja, temas locais passaram a ser abordados e exaltados na pintura , na literatura, na música e no teatro. As Festas Populares No Brasil, enquanto a elite se divertia frequentando a ópera e o teatro, as camadas populares participavam das festas de rua, que misturavam música e dança com influências portuguesas, africanas e indígenas, como congos e reisados. O carnaval, por exemplo, a maior manifestação popular brasileira, provavelmente foi introduzido no Brasil pelos portugueses no século XVII. Ele é originário do entrudo português, uma brincadeira em que as pessoas saíam às ruas para lançar, água, farinha, ovos podres e fuligem uns nos outros. Literatura No Brasil, esse movimento valorizou a natureza e a vida brasileira, muitas vezes de maneira fantasiosa e mitificada, como quando se referia aos indígenas. Os poemas de Gonçalves Dias (1823-1864) são um exemplo de exaltação do indígena.
Música
Durante o Segundo Reinado, o ambiente musical erudito brasileiro era dominado pelos padrões europeus. As companhias de ópera que aqui se apresentavam vinham da Europa e os espetáculos eram em francês ou italiano. A elite, habituada à música estrangeira, não valorizava a música produzida pelas camadas populares da sociedade brasileira. No entanto, assim como aconteceu com a literatura, o Romantismo também passou a influenciar a música erudita brasileira. Foi então que começou-se a pensar na criação de obras com temas nacionais. O maior representante desse período foi Carlos Gomes (1836-1896), que buscou conciliar temas brasileiros com o Romantismo europeu. Sua obra mais famosa é a Ópera O Guaraní , baseada no romance de mesmo nome de José de Alencar. Mas foi com os cancioneiros que ocorreu a maior integração entre a música popular e a música erudita, na segunda metade do século XIX. Os cancioneiros eram artistas que se apresentavam nas festas da elite. Na passagem do século XIX para o século XX, dois nomes merecem destaque - que tentou fazer a síntese do folclore urbano com música erudita - e Chiquinha Gonzaga – que compôs operetas, peças de dança e as primeiras músicas de carnaval.
Gostava de escrever, mantendo correspondência com personalidades do Brasil e do exterior e colecionando diários. Falava inglês, francês, alemão, espanhol e latim e teve aulas de sânscrito até o final da vida.
Promoveu e incentivou a cultura e as ciências com distribuição de bolsas e auxílios para experimentos, e doações a instituições científicas e educacionais. Apoiou a chegada ao Brasil de importantes invenções do século XIX, como as ferrovias, o telégrafo, o selo postal e o telefone. Seu interesse pela fotografia, demonstrado desde a juventude, o levou a ser o primeiro chefe de Estado fotógrafo.
"A memória construída do segundo imperador do Brasil, quer através da vasta literatura produzida a respeito, quer pela iconografia abundante que o apresenta como o ancião de barbas respeitáveis e ar sereno, sublinhou sempre sua paixão pelos livros, seu interesse pelas ciências em geral e seu amor pelos temas da cultura. Seu retrato é de um rei-filósofo." - A Busca da Identidade Nacional A vinda da família real portuguesa para o Brasil trouxe mudanças significativas para a vida cultural da colônia: foram criados a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios, O Museu Nacional, o Observatório Astronômico, a Biblioteca Real e a Imprensa Régia. O Brasil passou a fazer parte do roteiro de viajantes, cientistas e artistas, que estudavam a flora, a fauna, e os minerais brasileiros e registravam os hábitos e costumes locais. O modo de vida da elite local também sofreu alterações com a instalação da corte no Rio de Janeiro: as pessoas passaram a vestir de acordo com a moda da Europa, ainda que as roupas não fossem adequadas ao nosso clima tropical; quanto aos hábitos culturais e sociais, apresentações de óperas e balés e bailes e saraus passaram a ser frequentes. Essas mudanças, porém, não atingiram a grande maioria da população – composta de trabalhadores assalariados e escravos. Com a proclamação da independência, a produção artística local, que obedecia aos padrões europeus, voltou-se para a criação de uma identidade nacional, ou seja, temas locais passaram a ser abordados e exaltados na pintura , na literatura, na música e no teatro. As Festas Populares No Brasil, enquanto a elite se divertia frequentando a ópera e o teatro, as camadas populares participavam das festas de rua, que misturavam música e dança com influências portuguesas, africanas e indígenas, como congos e reisados. O carnaval, por exemplo, a maior manifestação popular brasileira, provavelmente foi introduzido no Brasil pelos portugueses no século XVII. Ele é originário do entrudo português, uma brincadeira em que as pessoas saíam às ruas para lançar, água, farinha, ovos podres e fuligem uns nos outros. Literatura No Brasil, esse movimento valorizou a natureza e a vida brasileira, muitas vezes de maneira fantasiosa e mitificada, como quando se referia aos indígenas. Os poemas de Gonçalves Dias (1823-1864) são um exemplo de exaltação do indígena.
Música
Durante o Segundo Reinado, o ambiente musical erudito brasileiro era dominado pelos padrões europeus. As companhias de ópera que aqui se apresentavam vinham da Europa e os espetáculos eram em francês ou italiano. A elite, habituada à música estrangeira, não valorizava a música produzida pelas camadas populares da sociedade brasileira. No entanto, assim como aconteceu com a literatura, o Romantismo também passou a influenciar a música erudita brasileira. Foi então que começou-se a pensar na criação de obras com temas nacionais. O maior representante desse período foi Carlos Gomes (1836-1896), que buscou conciliar temas brasileiros com o Romantismo europeu. Sua obra mais famosa é a Ópera O Guaraní , baseada no romance de mesmo nome de José de Alencar. Mas foi com os cancioneiros que ocorreu a maior integração entre a música popular e a música erudita, na segunda metade do século XIX. Os cancioneiros eram artistas que se apresentavam nas festas da elite. Na passagem do século XIX para o século XX, dois nomes merecem destaque - que tentou fazer a síntese do folclore urbano com música erudita - e Chiquinha Gonzaga – que compôs operetas, peças de dança e as primeiras músicas de carnaval.
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